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Política

Moraes e Fachin se reúnem por 15 minutos com Bolsonaro

Encontro foi uma formalidade para entrega de convite à cerimônia de posse dos ministros no TSE

7 fev 2022 - 12h55
(atualizado às 13h48)
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Alexandre de Moraes e Dias Toffoli
Alexandre de Moraes e Dias Toffoli
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixaram por volta das 12h30 desta segunda-feira, 7, o Palácio do Planalto sem conversar com a imprensa. Eles foram entregar ao presidente Jair Bolsonaro (PL) convite para a cerimônia de posse do novo comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como constava da agenda do chefe do Executivo.

A reunião ocorreu em um momento de tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário e foi rápida - durou cerca de 15 minutos. O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, também participou do encontro.

Fachin e Alexandre assumem no próximo dia 28 os cargos de presidente e vice-presidente, respectivamente, da Corte Eleitoral.

A agenda vem em meio a mais uma tensão entre Bolsonaro e Moraes. O presidente descumpriu ordem judicial do ministro, que o intimou a depor à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito em curso no STF para investigar o vazamento de dados sigilosos pelo presidente.

Na semana passada, Bolsonaro não compareceu à cerimônia de retomada dos trabalhos no STF. No início da sessão, o presidente da Corte, Luiz Fux, informou que o chefe do Executivo não participaria do encontro entre as autoridades porque estava em visita ao Estado de São Paulo para inspecionar as comunidades atingidas pelas chuvas.

Fachin fica na presidência do TSE até agosto, quando Moraes assumirá o tribunal. Dessa forma, o desafeto de Bolsonaro - e relator do inquérito das fake news no Supremo - estará à frente da Corte durante as eleições.

A Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo foi procurada para comentar o encontro e questionada se o presidente teria se comprometido com Moraes a cumprir sua determinação e prestar depoimento à Polícia Federal, mas não retornou até a publicação desta matéria.

Estadão
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