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Política

Moraes libera que Carlos Bolsonaro tenha acesso a inquérito da PF sobre 'Abin paralela'

O vereador, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo investigado por participar de um esquema ilegal de espionagem

31 jan 2024 - 22h47
(atualizado às 23h11)
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Vereador Carlos Bolsonaro
Vereador Carlos Bolsonaro
Foto: Reuters/Adriano Machado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta quarta-feira, 31, que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tenha acesso ao inquérito da Polícia Federal (PF) sobre as investigações de um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de mandados de busca e apreensão na segunda-feira, 29, no âmbito dessas investigações.

Depois das buscas, a defesa de Carlos Bolsonaro protocolou um pedido no STF para ter acesso ao inquérito. A permissão não abrange acesso às diligências em andamento, segundo informações do jornal O Globo.

O vereador nega ter qualquer ligação com a Abin e diz que não socilitava ou recebia informações de pessoas vinculadas à agência, de acordo com nota enviada por sua assessoria ao jornal.

Operação

Na manhã de segunda-feira, 29, a PF deflagrou uma operação para apurar ações do suposto esquema na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Carlos Bolsonaro é um dos alvos da ação da polícia.

No total, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão: cinco no RJ, um em Brasília, um em Formosa (GO) e um em Salvador. Um dos endereços também é a casa de Angra dos Reis (RJ), onde Carlos Bolsonaro passou a noite.

As buscas e apreensões desta segunda-feira miram aliados do "núcleo político" do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O parlamentar dirigiu a Abin durante o governo Jair Bolsonaro e foi alvo da PF na semana passada.

"Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público", informou a PF.

Os investigados podem responder pelos seguintes crimes: 

  • invasão de dispositivo informático alheio;
  • organização criminosa;
  • interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Fonte: Redação Terra
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