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Política

Moraes nega pedido para afastar secretário nacional de Justiça

O secretário nacional de Justiça, Vicente Santini, foi acusado de ter tentado barrar a extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

4 mai 2022 - 19h35
(atualizado às 19h44)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira, 4, um pedido para afastar o secretário nacional de Justiça, Vicente Santini, na esteira da crise aberta a partir das suspeitas de que ele teria tentado barrar a extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

Em sua decisão, Moraes diz que não há "qualquer indício" de que o secretário tenha usado o cargo irregularmente. O ministro também afirma que o processo de extradição seguiu o curso normal no Ministério da Justiça.

Moraes nega pedido para afastar secretário nacional de Justiça
Moraes nega pedido para afastar secretário nacional de Justiça
Foto: Saulo Angelo / Futura Press

O STF foi acionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pediu uma investigação sobre a conduta do secretário nacional de Justiça e seu afastamento do cargo até a conclusão das apurações. O pedido foi arquivado por Moraes.

Próximo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), Santini foi arrastado para o centro das suspeitas de interferência depois que servidores do Ministério da Justiça relataram terem sofrido pressão incomum enquanto tentavam cumprir os trâmites para a extradição de Allan dos Santos. A situação se agravou depois que a delegada federal Silvia Amelia da Fonseca, envolvida no procedimento, foi exonerada da diretoria do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) após se recusar a compartilhar com o secretário documentos sigilosos do caso.

A Polícia Federal chegou a ouvir o secretário. Em depoimento, ele afirmou que se envolveu no processo para "dar cumprimento à decisão judicial".

Considerado foragido desde outubro do ano passado, Allan dos Santos vive nos Estados Unidos. Moraes mandou prender o blogueiro por ataques antidemocráticos. Ele é investigado nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, que fecharam o cerco contra apoiadores do governo.

Estadão
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