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Política

Moraes nega transferir Jefferson a hospital particular: 'Causa perplexidade'

Ministro disse que o sistema prisional tem "plena capacidade" para atender o ex-deputado e oferecer os tratamentos que ele precisa

25 nov 2022 - 16h46
(atualizado às 17h01)
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Roberto Jefferson
Roberto Jefferson
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira, 25, o pedido feito pela defesa do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) para transferi-lo do presídio de Bangu 8, na zona Oeste do Rio, a um hospital particular.

Moraes disse que o sistema prisional tem "plena capacidade" para atender o ex-deputado e oferecer os tratamentos que ele precisa. "Os exames indicados pelo médico particular podem ser realizados no âmbito prisional ou mediante busca de vaga no Serviço Universal de Saúde (SUS), bem como eventual atendimento de emergência", escreveu.

Um médico chamado pela família de Roberto Jefferson esteve em Bangu 8 para uma consulta. Ele sugeriu a internação do ex-deputado e passou uma longa lista de exames laboratoriais e radiológicos. O laudo foi anexado ao pedido de transferência enviado ao STF. Os advogados alertam para o risco de trombose e colangite (inflamação das vias biliares). "É necessário que seja adotada uma medida de urgência para preservar a sua vida", escreveram.

Moraes disse que o pedido "causa perplexidade" considerando que há um mês Roberto Jefferson recebeu a Polícia Federal "com dezenas de tiros de fuzil e arremesso de granadas, sem demonstrar estar na situação debilitada apontada".

Antes de voltar para Bangu, Roberto Jefferson foi colocado em prisão domiciliar justamente por causa do quadro de saúde. Quando passou a primeira temporada preso, ele chegou a ser transferido para o Hospital Samaritano Barra, de onde gravou um vídeo com ataques a Moraes. Ao negar transferir novamente o ex-deputado, o ministro lembrou que da última vez ele "incorreu em diversas violações". "Circunstância que também impede o deferimento do pedido", destacou.

Estadão
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