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Política

Moro acusa Paulo Martins de buscar vaga de senador no 'tapetão'

Ex-juiz reagiu à ação do PL para cassar o seu mandato de senador pelo Paraná

8 dez 2022 - 12h50
(atualizado às 12h57)
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Sérgio Moro
Sérgio Moro
Foto: REUTERS

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) reagiu à ação do PL para cassar o seu mandato de senador pelo Paraná. O ex-ministro da Justiça afirmou que o deputado federal Paulo Martins (PL), que ficou em segundo lugar na disputa pela vaga no Senado, estaria tentando se eleger "no tapetão". O pedido de cassação do partido do presidente Jair Bolsonaro foi entregue à Justiça Eleitoral nesta quarta-feira, 7. Como apurou o Estadão, a sigla deve questionar irregularidades nos gastos de campanha de Moro.

Moro ainda acusou Martins de ter alterado sua declaração racial para receber mais verba do fundo partidário. "O mesmo sujeito, Paulo Martins, que mudou de cor nas eleições para se beneficiar do fundo partidário, tem a cara de pau de me acusar falsamente de irregularidade para ganhar o mandato de senador no tapetão. Fez o L junto com Fernando Giacobo", escreveu o ex-juiz.

Nesta quarta-feira, quando soube da ação, Moro chamou o presidente do PL do Paraná e o deputado Martins de "maus perdedores que resolveram trabalhar para o PT e para os corruptos". O ex-juiz ainda afirmou que nada teme em relação às irregularidades citadas na ação.

Moro e Bolsonaro

O movimento do PL se dá meses depois de Moro ter declarado publicamente apoio à candidatura à reeleição de Bolsonaro, e até mesmo acompanhado o então candidato em debates de TV no segundo turno da eleição presidencial. Segundo apurou o Estadão, apesar de ser encabeçada pelo diretório no Paraná, a ação tem aval do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto.

Moro foi eleito com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com o segundo colocado, o deputado federal Paulo Martins (PL), que alcançou 29,12% dos votos. Conforme apurou o Estadão, internamente, a esperança é de que a legenda consiga alijar o ex-juiz da Operação Lava Jato do Senado e ficar com a vaga de Moro.

Estadão
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