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Morre adolescente de 12 anos baleada em comemoração de vitória de Lula em BH

Suspeito atirou em um grupo que celebrava eleição do petista; ela é a segunda vítima fatal do atentado

3 nov 2022 - 21h16
(atualizado às 21h28)
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Luana Rafaela, de 12 anos, foi baleada durante comemoração da vitória de Lula em BH
Luana Rafaela, de 12 anos, foi baleada durante comemoração da vitória de Lula em BH
Foto: reprodução/redes sociais

Morreu nesta quinta-feira, 3, a adolescente Luana Rafaela Oliveira Barcelos, de 12 anos. Ela estava com um grupo de pessoas que comemorava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo, 30, em Belo Horizonte quando foi baleada. Os disparos atingiram Luana e outras quatro pessoas. Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, um dos baleados, morreu no domingo. Luana estava internada em uma unidade de saúde.

O homem que realizou os disparos foi encontrado pela Polícia Militar após o crime, em frente a garagem de uma casa, no bairro Nova Cintra, zona oeste de Belo Horizonte. Ele tentou se fugir, mas foi preso em flagrante. De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, o acusado de atirar contra os dois é Ruan Nilton da Luz, que está preso desde o dia do crime.

A polícia encontrou com o suspeito duas pistolas, uma calibre 9 mm e outra, 380. As armas tinham 15 munições. Também foram encontrados com o acusado dois carregadores com 17 munições de 9 mm e, outro, com 15 munições de 380, além de uma faca.

Após a prisão, a polícia descobriu que ele tem registro das armas encontradas e é certificado como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), documento que é emitido pelo Exército. Na casa do acusado, a polícia ainda encontrou um pequeno arsenal: um rifle, duas pistolas e 500 munições de diversos calibres.

Ele confessou ter atirado contra o grupo, disse que passou o domingo, 30, tomando bebidas alcoólicas, até ficar "desorientado" e decidir pegar as armas e sair de casa. Ele alegou ainda que sofre de ansiedade e outros problemas psiquiátricos e, há um mês, não tomava seus medicamentos, controlados e de uso contínuo.

O acusado ainda declarou à polícia que, na noite do crime, foi até um beco próximo para "tirar satisfação" com traficantes de drogas que atuam no local, mas ao não encontrar ninguém, continuou andando por uma rua, quando avistou o grupo e resolveu atirar de forma indiscriminada, atingindo Luana Barcelos e Pedro Henrique Soares.

Por redes sociais, colegas, amigos e familiares de Luana Barcelos homenagearam a garota. "Hoje o céu ganha mais uma estrelinha! Meu Deus! Eu não consigo acreditar que você se foi. Vou sentir muito a sua falta. Você foi uma menina maravilhosa, amiga, um amor de pessoa", disse uma amiga. "Só Jesus para consolar nossos corações", afirmou uma parente.

Estadão
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