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Política

MP denuncia Jair Renan por lavagem de dinheiro e uso de documento falso para obter empréstimos

Investigação aponta que filho do ex-presidente Jair Bolsonaro teria falsificado documentos para conseguir empréstimos de banco

20 mar 2024 - 17h27
(atualizado às 17h41)
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Resumo
O Ministério Público do Distrito Federal apresentou uma denúncia contra Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. O suspeito teria usado informações falsas de sua empresa para obter um empréstimo bancário.
Jair Renan, 4º filho de Jair Bolsonaro, foi denunciado por falsidade ideológica
Jair Renan, 4º filho de Jair Bolsonaro, foi denunciado por falsidade ideológica
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

O Ministério Público do Distrito Federal apresentou nesta quarta-feira, 20, uma denúncia contra Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. A acusação surgiu após investigações que indicam que ele teria utilizado um documento com informações falsas de sua empresa para obter um empréstimo bancário que não foi pago. As informações são do jornal O Globo

De acordo com as investigações, a suspeita recai sobre uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. Com esses dados falsos, Jair Renan e seu sócio, Maciel Alves, buscavam obter respaldo para um empréstimo bancário. A principal atividade da empresa era fornecer serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas.

"Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", afirmaram os investigadores, no relatório final do caso.

Conforme apurado nas investigações, Jair Renan e seu sócio teriam contratado pelo menos três empréstimos junto ao Banco Santander. Jair Renan teria se beneficiado de parte dos valores obtidos de forma ilícita, utilizando-os para quitar a fatura do cartão de crédito de sua empresa, totalizando cerca de R$ 60 mil.

Durante seu depoimento, Jair Renan afirmou não reconhecer suas assinaturas nas declarações de faturamento supostamente falsas e negou ter solicitado os empréstimos. No entanto, evidências, como pareceres periciais, testemunhas e até imagens do seu acesso ao aplicativo bancário, contradizem a versão apresentada por ele.

Quando questionado sobre o indiciamento, o advogado Admar Gonzaga, responsável pela defesa de Jair Renan, optou por não se manifestar devido ao caráter sigiloso do caso.

Fonte: Redação Terra
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