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Política

MPL sobre governo pagar avião: ‘não temos nem R$ 3,20 para pagar ônibus’

24 jun 2013 - 17h17
(atualizado às 17h32)
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O governo federal pagou as passagens de avião para trazer quatro representantes do Movimento Passe Livre (MPL) para se reunir com a presidente Dilma Rousseff no início da tarde desta segunda-feira. Uma das representantes que participou da reunião, Mayara Longo, ironizou: “não temos nem R$ 3,20 para pagar a passagem de ônibus, vamos ter dinheiro para vir a Brasília de avião?"

Após duas horas de reunião, que contou com membros do governo e com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, membros do MPL disseram não estar satisfeitos com o resultado do encontro. “Foi uma abertura de diálogo importante, mas vimos a Presidência completamente despreparada. Não mostraram nenhuma pauta concreta para mudar a situação do transporte, que é de fato muito precário, como a gente pode ver pelas mobilizações, que seguem firmes nesse sentido. A gente não viu nenhuma pauta concreta saindo dessa reunião”, disse Marcelo Hotimsky, do MPL.

Eles foram pedir à presidente a implantação da tarifa zero para o transporte público por entender que ônibus, metrôs e outras formas de deslocamento coletivo são direitos do cidadão, como saúde e educação.

Os participantes da reunião afirmaram que há formas de o governo subsidiar as tarifas de transporte público de forma a zerar os gastos para a população. Segundo Marcelo Hotimsky, Dilma se comprometeu a acompanhar os gastos em transportes de forma a garantir que não haja aumentos abusivos de tarifas, pelo menos por enquanto. 

“A presidente falou que vai trabalhar pelo controle social dos gastos em transportes, que ia ajudar a verificar planilha de custos e tentar fiscalizar de certa forma como o dinheiro público é investido no setor de transportes. Ela também disse que compreende o transporte público como um direito e entendemos que ela provavelmente deve se pronunciar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 90, que coloca o transporte não como serviço, algo com lógica de lucro, mas como um direito para servir a toda a população”, afirmou Marcelo antes de deixar o Palácio do Planalto após a reunião.

Fonte: Terra
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