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Política

MT: deputado é preso e governador levado à sede da PF

20 mai 2014 - 10h56
(atualizado às 17h29)
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<p>Governador do Mato Grosso, Silval Barbosa</p>
Governador do Mato Grosso, Silval Barbosa
Foto: Josi Pettengill_SecomMT / Divulgação

A Polícia Federal (PF) cumpriu mais de 70 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira, um deles na casa do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). Surpreendido pela operação, mantida em segredo de Justiça, uma arma calibre 380 foi encontrada em sua casa. Após as buscas, Barbosa foi conduzido à sede da PF, onde permanece, porém o órgão não confirmou se ele havia sido preso, já que por decisão do ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação corre sob sigilo. O governo estadual informou que já acionou a Procuradoria Jurídica a fim de obter mais dados sobre o objetivo das buscas. A ação da PF faz parte da quinta fase da Operação Ararath, que investiga crimes contra o sistema financeiro, como lavagem de dinheiro.

O deputado estadual do Mato Grosso José Riva (PSD) foi preso pelos agentes e levado para a superintendência da Polícia Federal em Cuiabá. Riva, que está afastado judicialmente da presidência da Assembleia Legislativa, é um dos deputados mais processados do Brasil. Ele responde a mais de 120 ações nas esferas cível e criminal, por crimes como improbidade administrativa e corrupção.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa estadual e na prefeitura de Cuiabá, que devem divulgar nota em breve. Policiais estiveram nos gabinetes do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, e do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).

Na operação, foi preso ainda o ex-secretário de Estado da Fazenda e da extinta Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa), Éder Moraes. Os presos serão encaminhados à Brasília. Os mandados de prisão foram expedidos pelo STF e de busca e apreensão pela Justiça Federal de Mato Grosso.

A Polícia Federal teria chegado a todos esses nomes depois que Gércio Marcelino Mendonça Junior, dono de uma factoring, ligada ao grupo Amazon Petróleo, preso na primeira fase da operação, fez um acordo com a PF e o MPF para receber o beneficio da delação premiada.

A esposa do deputado Riva, Janete Riva, ex-secretária de Cultura, também prestou depoimento à PF, assim como vários empresários que pegaram financiamento na factoring.

Procuradas, a assessoria da Polícia Federal e do Ministério Público Federal informaram que não podem fornecer detalhes sobre a operação por estar sob segredo de Justiça.

As assessorias do STF e do Superior Tribunal de Justiça dizem ainda não saber nada sobre a operação. 

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Com informações da Agência Brasil

Fonte: Especial para Terra
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