Na TV, Ciro se coloca como possível sucessor de Lula
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) apresentou-se nesta quinta-feira, na propaganda de rádio e televisão de seu partido, como uma possível alternativa à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro, que é cotado para disputar a Presidência da República ou o governo do Estado de São Paulo em 2010, foi o principal destaque do programa. A preferida de Lula para ocupar a Presidência é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
Integrante da base aliada do Executivo no Congresso, o parlamentar elogiou as realizações do governo. Disse, por exemplo, que "o Brasil arrumou a casa". Destacou, entretanto, que é necessário "seguir adiante".
"Convivi de perto com o presidente Lula, que abriu as portas para as grandes transformações que estamos vivendo, mas nós precisamos avançar, evoluir, pensar com mais profundidade no Brasil de amanhã", afirmou Ciro, sugerindo que conhece a realidade das diversas regiões do País, porque foi ministro da Integração Nacional na atual administração.
"O governo do presidente Lula é só o ponto de partida na direção do que queremos e podemos fazer. Precisamos de um partido que tenha ideias novas", acrescentou. Ciro fez as declarações ao lado de uma beneficiária do Bolsa Família, principal programa social do governo federal, que o recebeu em sua casa em um clima informal.
O potencial candidato defendeu uma maior participação da sociedade nas decisões do governo, além do investimento em educação como forma de assegurar uma porta de saída para as pessoas que recebem o auxílio mensal do Bolsa Família. Ciro, que sofre resistências de setores da iniciativa privada, advogou a ação do Estado para defender a sociedade e citou a importância da transparência na administração pública.
"A responsabilidade sempre marcou a nossa trajetória, principalmente a responsabilidade com o dinheiro público. Isso se chama transparência", disse. Lembrando que o PSB tem "dado apoio decisivo ao governo Lula", Ciro afirmou que o Executivo acabou com o problema da dívida externa, organizou as contas públicas, elevou o acesso ao crédito e o poder de compra da população e também aumentou a competitividade da indústria. Ressaltou ainda que o Brasil dá "um banho" no setor agropecuário.
"Mesmo os países considerados mais avançados, aqueles que costumamos chamar de primeiro mundo, rendem homenagens ao nosso jeito de vencer os desafios", disse, referindo-se à crise financeira global.