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Política

'Não é o caminho', diz Flávio Bolsonaro sobre impeachment de Moraes

Em entrevista, senador também pediu que o Supremo "volte à normalidade" e arquive inquéritos que estão sob a relatoria do ministro

9 abr 2024 - 12h18
(atualizado às 12h52)
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Resumo
Flávio Bolsonaro defendeu que o STF volte à normalidade, arquive os inquéritos e foi em defesa de Elon Musk após declarações do ministro Alexandre de Moraes.
Senador Flávio Bolsonaro foi o relator da proposta.
Senador Flávio Bolsonaro foi o relator da proposta.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou ser contrário ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está envolvido em um embate com o empresário Elon Musk desde o final de semana. Na avaliação do senador, o episódio representa uma oportunidade para que o Supremo "volte à normalidade" e arquive inquéritos, como da fake news e milícias digitais. As declarações ocorreram nesta segunda-feira, 8,  durante o programa Roda Vida, da TV Cultura. 

"Vamos por parte: primeiro, sempre que eu puder, eu vou buscar o diálogo. Não acho que pedir o impeachment de ministro do STF vá resolver os problemas do Brasil. Eu sempre acreditei numa autorregulação do Supremo. Eu acho que essa é uma ótima oportunidade para que o Supremo possa retomar as rédeas da Corte e parar de ser sugada toda hora para dentro de uma discussão —que não é institucional e relativa somente a um ministro. As coisas só vão voltar à normalidade quando esses inquéritos forem arquivados. Não é o caminho certo", disse.

O senador também saiu em defesa de Musk após a polêmica envolvendo Moraes no X. No domingo, o ministro ordenou que Musk fosse investigado por obstrução à Justiça, organização criminosa, e incitação ao crime, depois que o bilionário anunciou que removeria todas as restrições de contas no X determinadas pelo Judiciário brasileiro. 

Até o momento, porém, Musk não cumpriu a ameaça, mas utilizou as redes sociais para atacar o ministro e exigir seu impeachment. O empresário ainda chamou o ministro de  "ditador" e o acusou de ter favorecido a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Na visão de Flávio Bolsonaro, Musk não cometeu nenhum crime e, portanto, não deveria estar sob investigação.

"Uma cidadão americano, uma empresa privada, do meu ponto de vista, não cometeu crime nenhum, apenas falou, se posicionou, fez uma pergunta ao ministro que usa a rede social dele. O Elon Musk não tem foro por prerrogativa de função, está tudo errado. O ministro toma mais uma vez uma decisão monocrática, antes que qualquer ato fosse cometido, já incluindo Musk no inquérito", afirmou.

Fonte: Redação Terra
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