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Política

'Não há segurança para efetuar prisão', diz PF sobre pastor bolsonarista que continua em quartel

Pastor evangélico teve ordem de prisão decretada por ministro do Supremo, mas continua em frente a instalação militar no Espírito Santo

17 dez 2022 - 18h24
(atualizado às 21h22)
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Fabiano Oliveira segue em frente a quartel, mesmo com mandado de prisão
Fabiano Oliveira segue em frente a quartel, mesmo com mandado de prisão
Foto: Reprodução

Alvo de um mandado de prisão por atos antidemocráticos, o pastor Fabiano Oliveira continua em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha (ES). O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, disse não haver segurança suficiente para que os agentes cumpram a ordem judicial.

"Estivemos lá, o advogado dele chegou a falar que ele ia se entregar. Mas ele mudou de ideia na última hora. No meio da multidão não há segurança para efetuar a prisão. Colocaria em risco não apenas ele como os policiais e os manifestantes", afirmou Ricas ao Estadão.

O delegado informou que o Supremo está ciente do quadro. Disse, ainda, que a PF continua monitorando a situação para realizar a prisão no "momento adequado".

A Polícia Federal foi às ruas de oito Estados e do Distrito Federal, na quinta-feira, 15, cumprir mais de cem mandados de busca e quatro de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Todos os quatro alvos de ordens de prisão expedidas por Moraes são do Espírito Santo e suspeitos de liderar atos antidemocráticos. Além do pastor, monitorado pela polícia, há um segundo foragido. Apontados como líderes das manifestações de viés golpista, dois deputados estaduais da Assembleia capixaba, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), são monitorados por tornozeleira eletrônica.

Pouco antes de a polícia tentar prendê-lo pela primeira vez, na quinta-feira, Fabiano gravou um vídeo desafiando a ordem judicial. "Continuo com a mesma certeza de que não vamos dar um só passo atrás até que o comunismo caia no nosso País", disse ele.

Estadão
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