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Política

'Não há solução fácil para o crime organizado', diz Lewandowski ao assumir Ministério da Justiça

E-ministro do STF Ricardo Lewandowski assumiu, nesta quinta-feira, 1º, o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública

1 fev 2024 - 12h26
(atualizado às 13h39)
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Foto: Reprodução: Governo Federal

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski assumiu, nesta quinta-feira, 1º, o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no Palácio do Planalto, em Brasília. Ele substitui Flávio Dino, que foi nomeado para uma vaga na Suprema Corte.

Em seu discurso, ele afirmou que irá dar continuidade ao trabalho iniciado por Dino e disse estar "profundamente honrado" em assumir o cargo. Lewandowski também enfatizou que "não há solução fácil para o crime organizado" e destacou a necessidade de um esforço conjunto e integrado entre os entes federativos para combater as facções criminosas.

"É nossa obrigação, e o povo assim espera, que o Ministério da Justiça dedique especial atenção à segurança pública, que ao lado da saúde é hoje uma das maiores preocupações da cidadania. É escusado dizer que o combate à violência, pra ter êxito, precisa de enérgica ação policial, demandando políticas públicas que permitam superar apartheid social que continua segregando", disse Lewandowski.

Lewandowski também ressaltou que os desafios relacionados à segurança e criminalidade no País são reflexos de questões históricas profundas. Em sua avaliação, apenas aumentar o número de prisões ou endurecer as penas não representa uma abordagem eficaz para lidar com o crime organizado. Em contrapartida, ele enfatizou a importância de concentrar os esforços do ministério em políticas públicas e atividades de inteligência.

“Mas é preciso compreender, todavia, que a violência e criminalidade que campeiam entre nós não são problemas novos, são mazelas que atravessam séculos de nossa história, remontando aos tempos coloniais, em que índios e negros recrutados à força desbravavam sertões inóspitos e labutavam à exaustão nas lavouras de cana e de café e nas minas de ouro, prata e pedras preciosas para proveito de uns poucos”, completou.

O tema da segurança pública tem se destacado cada vez mais na pasta, especialmente diante do aumento das organizações criminosas no País e dos episódios de violência decorrentes de disputas entre facções, como no Rio de Janeiro e na Bahia.

Sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça estão a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional, que tem sido mobilizada para reforçar a segurança nos estados em períodos de crise.

Em seguida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou e agradeceu aos serviços prestados por Dino: "As minhas palavras são de agradecimento ao ministro Flávio Dino pelo trabalho extraordinário que ele prestou não apenas como ministro do MJ, mas como cidadão brasileiro, um homem da política".

Além de Lula, também marcaram presença na cerimônia a primeira-dama, Janja, além dos ministros do STF Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Nunes Marques.

Fonte: Redação Terra
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