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Política

"Não posso fazer menos do que eu já fiz", diz Lula em Madri

20 nov 2021 - 10h51
(atualizado às 11h48)
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Em sua despedida do tour pela Europa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na manhã deste sábado (20) em Madri, na Espanha, de um evento com lideranças progressistas e defendeu a igualdade dos direitos humanos e a luta pelo meio ambiente.

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ato 'Construindo o futuro: desafios e alianças populares' foi organizado pelo Podemos, partido progressista espanhol, e reuniu representantes de legendas de esquerda, organizações sindicais e políticos europeus.

Durante seu discurso, o petista enfatizou que tem vontade de voltar [a ser presidente] porque está "convencido" de que "pode recuperar o Brasil". "E eu sei que não posso fazer menos do que eu já fiz. E esse é o desafio que eu tenho", acrescentou.

Lula explicou que é preciso colocar na pauta os direitos elementares do ser humano e lutar pela igualdade, porque "o faminto muitas vezes não tem forças, e é nosso dever estender a mão a eles".

Além disso, ressaltou que "a questão ambiental não pode ser apenas um tema acadêmico, nem uma preocupação só da esquerda. Tem que ser uma preocupação do povo do planeta terra".

Segundo Lula, "tem uma luta pra gente fazer", porque a "extrema direita está nos desafiando" e é preciso analisar o discurso deles. "Como pode ter surgido o Trump, o Bolsonaro, dois candidatos de extrema direita na França? Temos que refletir sobre isso e entender onde erramos no nosso discurso também", questionou.

Líder nas pesquisas para 2022, Lula está na Europa desde 11 de novembro e teve uma agenda de chefe de Estado em seu tour pelo continente, que incluiu Alemanha, Bélgica, França e Espanha.

O ex-presidente brasileiro se reuniu com o vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, também vencedor das eleições legislativas deste ano e provável sucessor de Angela Merkel; com o presidente da França, Emmanuel Macron; e com o premiê espanhol, Pedro Sánchez.

"Essa viagem que fiz pela Europa foi uma tentativa de provar ao povo brasileiro que o mundo gosta do Brasil. Não tenho palavras pra agradecer todos que me receberam tão bem. Mas não é o Lula que é importante, é o Brasil que é necessário ao mundo", escreveu o petista no Twitter.

Ansa - Brasil
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