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Política

"Não tenho essa ambição", diz Moro sobre eleições 2022

Ministro negou eventual candidatura à Presidência da República, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura

21 jan 2020 - 07h45
(atualizado às 09h00)
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, negou, nesta segunda-feira, 20, uma eventual candidatura à Presidência da República, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura.

"Não tenho esse tipo de ambição. Temos de ter bastante pé no chão, existe o famoso ditado antigo que diz sic transit gloria mundi (toda glória do mundo é transitória, em latim). Então, essas questões de popularidade, elas vem, vão, passam, e o importante para mim é fazer meu trabalho como ministro da Justiça, e foi o que eu me propus com o presidente, acho que estamos num caminho certo", afirmou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em noite de participação no programa Roda Viva, da TV Cultura
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em noite de participação no programa Roda Viva, da TV Cultura
Foto: MARIVALDO OLIVEIRA / Estadão Conteúdo

Questionado se assinaria um documento em que se comprometeria a não concorrer, o ex-juiz da Lava Jato afirmou: "não faz sentido assinar um documento desse, porque muitas pessoas assinaram e depois rasgaram. Eu não tenho esse tipo de pretensão".

O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar o nome do ex-ministro para seu vice nas próximas eleições. Pesquisa Datafolha divulgada em janeiro indica que o ministro da Justiça é conhecido por 93% dos brasileiros e aprovado por 53%. Antes, o mesmo instituto divulgou pesquisa de avaliação do presidente da República, Jair Bolsonaro, indicando que a aprovação dele é mais modesta, de 30%.

Moro, no entanto, afirma que o "candidato do presidente Jair Bolsonaro deve ser ele mesmo". "Ele já manifestou o desejo de ser reeleito", disse.

"Se um ministro do presidente Jair Bolsonaro, evidentemente, os ministros vão apoiar o presidente. É um caminho natural. Eu não tenho esse tipo de ambição. Eu posso dizer: minha vida é suficientemente complicada Eu estou pensando no presente momento. Não posso pensar no que vou fazer daqui a dez anos", afirmou o ministro, que ainda especulou sobre a possibilidade de tirar "um ano sabático" ou de migrar para a iniciativa privada.

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