"Não tomei nada. Deixa abrir o que quiser", diz Bolsonaro sobre cartão de vacinação
Controladoria-Geral da União anunciou que deve retirar o sigilo do documento nas próximas semanas
Diante da promessa da Controladoria-Geral da União (CGU) de retirar o sigilo imposto sobre seu cartão de vacinação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mostrado tranquilo e confiante sobre o conteúdo que deve ser revelado nas próximas semanas.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, aliados têm demonstrado preocupação com o que pode surgir com a retirada do sigilo. Bolsonaro, no entanto, tem sido enfático quando o tema surge. "Não tomei nada. Deixa abrir o que quiser", tem dito sobre sua imunização contra a covid-19.
Entenda
Jair Bolsonaro sempre afirmou que nunca se vacinou contra a covid-19. Presidente durante a crise sanitária, o ex-chefe do Executivo criticava as vacinas e desestimulava a imunização da população enquanto milhares de brasileiros morriam todos os dias por causa da doença.
Ministro da CGU, Vinícius de Carvalho falou para a Folha de S.Paulo sobre a importância da retirada do sigilo. “Há uma discussão quando se está diante de uma política pública de vacinação no meio de uma pandemia. As pessoas eram estimuladas ou desestimuladas a se vacinarem e isso gerava impacto no índice de contaminação, nas mortes", afirmou.
"Em uma situação como essa, será que há interesse público numa carteira de vacinação de uma autoridade pública? A discussão é legítima e a decisão vai ser tomada pela área técnica da CGU”, completou em entrevista concedida no início de fevereiro deste ano.