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Política

'Não vou interferir na eleição do Congresso', diz Bolsonaro

Presidente fez promessa semelhante antes das eleições municipais, mas acabou apoiando vários candidatos

17 dez 2020 - 13h20
(atualizado às 13h22)
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O presidente Jair Bolsonaro fez um aceno ao MDB na disputa pelo Senado durante cerimônia de posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado, e manifestou mais uma vez a expectativa de avançar com projetos de seu interesse após a troca do comando do Legislativo, em fevereiro.

Presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro
29/11/2020
REUTERS/Pilar Olivares
Presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro 29/11/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Presentes na cerimônia, os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foram chamados pelo chefe do Planalto de "os três mosqueteiros". Braga, Gomes e Bezerra, além da senadora Simone Tebet (MDB-MS), disputam a indicação do MDB para a sucessão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Bolsonaro afirmou que não vai interferir na disputa do Congresso, apesar de fazer movimentos na Câmara para favorecer o deputado Arthur Lira (PP-AL) e derrotar o grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ). No Senado, além de conversar com o MDB, o presidente é próximo de Davi Alcolumbre, que tenta apoio para Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Na cerimônia, Bolsonaro defendeu mudanças na lei para facilitar a exploração turística de áreas ambientais. Anteriormente, ele havia afirmado que pretende levar ao Congresso a votação do excludente de ilicitude para policiais em serviço, uma medida rejeitada pelos parlamentares no ano passado. Bolsonaro disse ter certeza que o "trio maravilhoso", os três senadores do MDB, vão encaminhar bem a pauta após a sucessão.

"Não vou interferir em lugar nenhum, não vou. Eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá num outro Poder. Mas vou torcer para que o melhor aconteça, o melhor na Câmara e no Senado, e as propostas do governo, uma vez analisadas no Parlamento, tenham seu curso, sejam colocadas em votação e a maioria decida o que é melhor", disse o presidente. "Todos nós temos a ganhar com isso."

Estadão
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