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Política

Nas redes sociais, candidatos apostam em 'virada'

Com o fim das campanhas na TV e rádio, espaço se transformou no principal canal para presidenciáveis apostarem últimas fichas

6 out 2018 - 07h35
(atualizado às 10h09)
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Com o fim das campanhas na TV e rádio, as redes sociais se transformaram no principal canal para os presidenciáveis apostarem suas últimas fichas antes da votação do primeiro turno, no domingo, 7. Com a possível polarização entre o candidato do PT, Fernando Haddad, e do PSL, Jair Bolsonaro, adversários que sonham com vaga no 2.º turno adotam estratégias diferentes para mostrar que ainda podem chegar lá.

Candidatos antes do último debate apresentado pela TV Globo, na quinta-feira, 4
Candidatos antes do último debate apresentado pela TV Globo, na quinta-feira, 4
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

De acordo com o cientista político Kleber Carrilho, da Universidade Metodista de São Paulo, a movimentação dos candidatos pode mudar o cenário eleitoral. "Foi uma campanha muito mais online do que pensávamos que seria. Então, por mais que as pesquisas falem em voto convicto, as redes podem mudar isso e criar movimentos bruscos no final."

Terceiro colocado nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT) aposta na força de sua militância online para fazer sua candidatura viralizar antes da votação. No dia do último debate da TV, quinta, emplacou a hashtag #TsunamiCiro, em referência a algo maior que as "ondas" de apoio a outros candidatos.

Geraldo Alckmin (PSDB), também de olho no 2.º turno, opta pelo discurso de que Haddad e Bolsonaro representam candidaturas "radicais". "As grandes viradas acontecem no final", escreveu Alckmin, na noite de quinta-feira, 4.

"É possível que as redes causem certa instabilidade no que hoje temos como o cenário para o 2.º turno", diz Carrilho. "Há, por exemplo, a possibilidade de que eleitores do Haddad passem a ver Ciro como uma possibilidade de derrotar Bolsonaro. Ou que eleitores de outros candidatos migrem para Bolsonaro por uma vitória no primeiro turno", afirmou o cientista político.

Fake news

Bolsonaro e Haddad engrossaram o discurso contra supostas informações falsas a respeito de suas respectivas candidaturas. O mote já vinha sendo explorado pela campanha do PSL e vem sendo usado para Bolsonaro se defender de críticas dos que não o apoiam. "Bolsonaro é machista ou homofóbico?", pergunta o candidato em publicação.

Haddad publica imagens de sua agenda de campanha e promete atuar nas redes contra a disseminação de informações falsas sobre sua candidatura. "Nossa construção tem princípios muito sólidos que tem sido atacados, sobretudo pelo Bolsonaro", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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