Nelson Piquet guardou 166 presentes dados a Bolsonaro durante mandato
Presentes foram recebidos de nações como Uruguai, Polônia, Paraguai, Equador, Colômbia, Taiwan, Israel, Alemanha, Itália, Argentina e China
O ex-piloto Nelson Piquet, de 70 anos, guardou em um galpão 175 caixas para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a coluna de Bela Megale, em O Globo, pelo menos 166 caixas seriam presentes que o ex-mandatário recebeu durante seu mandato. Outras nove guardam honrarias.
No galpão de Piquet estavam dois conjuntos de joias que Bolsonaro recebeu do regime da Arábia Saudita e que foram entregues à Caixa Econômica Federal após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). No local também há presentes que o ex-presidente recebeu de outras nações, como Uruguai, Polônia, Paraguai, Coréia do Sul, Equador, Suíça, Colômbia, Taiwan, Israel, Alemanha, Itália, Argentina e China.
Até o presente momento, Nelson Piquet não se pronunciou sobre o assunto. O Terra procurou a assessoria de imprensa do ex-piloto por e-mail, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Entenda o caso das joias no governo Bolsonaro
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o Brasil um conjunto de joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. Os itens de luxo eram supostamente um presente da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e foram apreendidos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, pela Receita Federal.
As joias foram retidas quando uma comitiva do governo Bolsonaro retornava ao País após uma viagem oficial ao Oriente Médio, em outubro de 2021. As peças estavam na mochila de um militar que era assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Alburquerque.
Em entrevista, Bolsonaro negou irregularidades com as joias que recebeu de presente do governo da Arábia Saudita e afirmou que os objetos entraram de maneira legal no País. O ex-chefe do Executivo também disse que os presentes seriam para fins pessoais dele e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
"Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade".