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Política

Nelson Teich pede demissão com menos de um mês no ministério

Divergência do ministro da Saúde com Bolsonaro sobre uso da cloroquina teria sido o motivo da saída do substituto de Luiz Henrique Mandetta

15 mai 2020 - 12h08
(atualizado às 12h44)
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O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo que ocupava desde 16 de abril após a demissão de Luiz Henrique Mandetta. Segundo fontes próximas ao governo, o motivo da saída de Teich do ministério teria sido a divergência dele com o presidente Jair Bolsonaro sobre o uso da cloroquina para pacientes contaminados pelo novo coronavírus e a flexibilização de medidas de isolamentos social. 

O secretário executivo, general Eduardo Pazuello, assume interinamente. Outro motivo de atrito entre Teich e o presidente foi o decreto que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia, incluindo salões de beleza, barbearia e academias de ginástica na lista. O ministro sequer foi consultado e ficou sabendo da ampliação pela imprensa. 

O ministro da Saúde, Nelson Teich, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. 16/04/2020. REUTERS/Adriano Machado.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. 16/04/2020. REUTERS/Adriano Machado.
Foto: Reuters

De acordo com a assessoria de comunicação do Planalto, haverá uma coletiva de imprensa ainda na tarde desta sexta-feira (15) para mais detalhes sobre a saída de Teich da pasta. "O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde", informou, por meio de nota.

Quando empossado, Teich prometeu não fazer mudanças radicais na política adotada durante a gestão de Mandetta, disse que tomaria decisões com base em critérios técnicos e que haveria um alinhamento completo entre ele e o presidente da República.

No entanto, nos últimos dias, Bolsonaro pressionou o agora ex-ministro para que ele fizesse alterações em protocolos do Ministério da Saúde envolvendo o uso de cloroquina. A recomendação da pasta, até o momento, é para que a medicação seja usada apenas em casos graves e de internação, já que o uso dela no combate à doença não tem efeito comprovado.

Fonte: Redação Terra
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