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Política

No Senado, Gleisi rebate críticas de FHC contra PT

25 fev 2014 - 19h51
(atualizado às 19h53)
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A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) rebateu nesta terça-feira, em discurso no plenário do Senado, as falas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) - que afirmou hoje, em sessão solene no Congresso, que o Brasil vive uma fadiga de material, tem problemas na condução da economia e precisa de renovação - e citou ações do PT como a regulação do financiamento imobiliário, em 2009; a criação do Cadastro Positivo, em 2011; as alterações nas regras da poupança e a criação do fundo de previdência do servidor público, em 2012; e a retomada das concessões de infraestrutura em 2013, como exemplos de ações positivas para o desenvolvimento do País. As informações são da Agência Senado.

A sessão solene onde FHC criticou o governo petista foi uma ideia do senador Aécio Neves (MG), pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, para comemorar os 20 anos do Plano Real. No evento, porém, os tucanos atacaram os 12 anos de governo do PT.

Em seu discurso na sessão, FHC atacou a divisão de cargos nos ministérios da atual administração. “Não dá mais (...). Com 30 partidos e 39 ministérios é a receita para a paralisação da administração. E esse não dá mais não deve ser dito como uma facção sobre os outros, deve ser dito como um entendimento nacional”, disse.

A oposição do PT ao plano econômico que levou à estabilidade econômica brasileira foi lembrada nos discursos tanto de Aécio quanto de FHC. O ex-presidente disse ter tentado convencer interlocutores do partido de oposição, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro José Dirceu, mas não teve sucesso.

“A pergunta que me foi feita era muito simples: ‘E você acha que o PSDB vai ter um candidato competitivo, capaz de ganhar do nosso candidato?’, que era o Lula. Eu disse: ‘Com sinceridade, eu não creio’”, lembrou FHC. “O PSDB, naquela altura, cogitava até de apoiar o próprio Lula. (...) Eu não acreditava mesmo. Não era esse o meu objetivo. O objetivo era convencer que era bom para o Brasil, e fiz unir forças. Fracassei em convencer a liderança do principal partido de oposição naquele momento”, acrescentou.

“Reconheço a importância do Plano Real, respeito o que foi feito, mas a verdade tem que vir às claras, não se pode omiti-la. Se demos uma colaboração importante a esse processo foi o resgate do Plano Real quando o presidente Lula assumiu em 2003”, rebateu Gleisi no Senado. 

A senadora citou números da economia para apontar o cumprimento das metas de inflação, a redução dos juros e do Risco Brasil, o aumento do superávit primário e a redução da relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, citou o crescimento no investimento e no consumo.

Para Gleisi, os governos do PT, além de resguardarem os pressupostos da macroeconomia, ousaram nas políticas sociais para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Como exemplo de avanços nos últimos 11 anos, ela citou a criação de 20 milhões de empregos, a retirada de 36 milhões de pessoas da miséria e a ascensão de 42 milhões de brasileiros à classe média.

“Hoje, temos um País com estabilidade macroeconômica, mas um País que inclui sua gente, que tem desenvolvimento sustentável e que tem respeitabilidade pelo seu povo.”

Fonte: Terra
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