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Política

Nos dois anos dos ataques golpistas, 21 obras restauradas são devolvidas ao acervo da Presidência

Governo realizou cerimônia no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira, 8, com presença de Lula, Janja, Alckmin e outras autoridades

8 jan 2025 - 10h11
(atualizado às 11h49)
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Obras de arte que foram vandalizadas por golpistas nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 foram reintegradas ao acervo da Presidência, na manhã desta quarta-feira, 8, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. O evento contou com a presença do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da primeira-dama, Janja Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, da vice-primeira-dama, Lu Alckmin, da ministra da Cultura, Margareh Menezes, do embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, entre outras autoridades.

"Dois anos após a tentativa de destruição da nossa democracia e dos prédios que simbolizam os poderes da República, estamos aqui não para lamentar, mas muito menos para esquecer. Estamos aqui para celebrar e reforçar a democracia e para integrar ao povo brasileiro seu patrimônio inteiramente restaurado", disse Janja, na abertura da cerimônia.

Janja em cerimônia de entrega de obras restauradas
Janja em cerimônia de entrega de obras restauradas
Foto: Reprodução/Youtube/CanalGov

"Diante da destruição dos vidros, do mobiliário e das obras de arte do Palácio do Planalto, nos colocamos, sob a orientação e liderança do Presidente Lula, à tarefa de restaurar o Palácio como símbolo da força do nosso compromisso com a democracia. Isso foi expresso pelas lágrimas das trabalhadoras e trabalhadores do Palácio do Planalto, após verem o espaço que cuidam com tanto afeto, tanto amor e tanta dedicação, ser tratado de forma tão desumana. Em cima dessas lágrimas, a reconstrução se fez. É também para essas trabalhadoras e trabalhadores que entregamos com muita alegria as obras restauradas. Aquelas lágrimas hoje se transformaram em sorrisos pela certeza de que, juntos e juntas, mantivemos a democracia firme", acrescentou a primeira-dama.

Lula em cerimônia de entrega de obras restauradas
Lula em cerimônia de entrega de obras restauradas
Foto: Reprodução/YouTube/CanalGov

Segundo o governo, 21 obras restauradas foram entregues no Palácio da Alvorada. Duas delas foram destacadas na cerimônia: uma ânfora italiana em cerâmica esmaltada, que estava com 180 fragmentos catalogados após os ataques, e o relógio de mesa fabricado por Balthazar Martinot e André Boulle no século XVII, que pertenceu a Dom João VI. O relógio histórico teve de ser enviado à Suíça para ser consertado. Os dois itens são tidos como símbolos da dificuldade e delicadeza do processo de reparo.

"Nós estamos convencidos da importância de proteger o patrimônio cultural e artístico, que forma uma identidade do País, assim como a história e também os nossos valores comuns. É um dia de alegria, mas também de reflexão. É uma grande satisfação ver que a nossa colaboração atinge esse objetivo hoje aqui no Palácio do Planalto. São tempos desafiadores, complexos. Eu acho que é fundamental valorizar e cuidar das nossas relações, da nossa amizade, dos nossos direitos humanos e das nossas democracias. Que são delicadas e, ao mesmo tempo, resilientes, como esse relógio que volta aqui, hoje, no coração do Brasil", declarou o embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri.

Relógio restaurado foi entregue ao Planalto
Relógio restaurado foi entregue ao Planalto
Foto: Reprodução/Gov.br/YouTube

Na cerimônia, foi revelada ainda a obra As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti. Durante os ataques antidemocráticos, a obra sofreu sete punhaladas. Alunos do Projeto de Educação Patrimonial também entregaram ao presidente Lula réplica que produziram de As Mulatas.

A restauração das obras teve início em 2 de janeiro de 2024, com a montagem de um laboratório de restauração do Palácio da Alvorada, e foi viabilizada por meio de Acordo de Cooperação Técnica, por meio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Obra As Mulatas de Di Cavalcanti, que foi restaurada
Obra As Mulatas de Di Cavalcanti, que foi restaurada
Foto: Reprodução/YouTube/@CanalGov

Lista de obras restauradas

  1. Relógio de mesa, de Balthazar Martinot e André Boulle;
  2. Ânfora italiana em cerâmica esmaltada;
  3. Escultura O Flautista, de Bruno Giorgi;
  4. Escultura Vênus Apocalíptica Fragmentando-se, de Marta Minujín;
  5. Quadro com a pintura As Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti;
  6. Quadro com pintura do retrato de Duque de Caxias, de Oswaldo Teixeira;
  7. Quadro representando galhos e sombras, de Frans Krajcberg;
  8. Quadro com a pintura Fachada Colonial Rosa com Toalha;
  9. Quadro com a pintura Casarios, de Dario Mecatti;
  10. Quadro com a pintura Cena de Café, de Clóvis Graciano;
  11. Quadro com a pintura Paisagem, de Armando Viana;
  12. Pintura de Glênio Bianchetti;
  13. Pintura de Glênio Bianchetti;
  14. Pintura de Glênio Bianchetti;
  15. Pintura de Glênio Bianchetti;
  16. Pintura de Glênio Bianchetti;
  17. Quadro com a pintura Matriz e Grade no primeiro plano, de Ivan Marquetti;
  18. Quadro Rosas e Brancos Suspensos, de José Paulo Moreira da Fonseca;
  19. Tela Cotstwold Town, de John Piper;
  20. Tela de Grauben do Monte Lima;
  21. Tela Bird, de Martin Bradley.
Autoridades em cerimônia de entrega de obras restauradas
Autoridades em cerimônia de entrega de obras restauradas
Foto: Reprodução/YouTube/CanalGov

Outras etapas da cerimônia

A reintegração das obras de arte é a primeira parte de uma cerimônia organizada pelo governo federal em memória ao episódio de 8 de janeiro de 2023 quando golpistas depredaram a Praça dos Três Poderes. O evento contará com outras etapas, sendo que todas ocorrerão nesta quarta-feira.

A próxima também é no Palácio do Planalto, com a presença de autoridades no Salão Nobre. Na sequência, será feito um ato simbólico chamado "Abraço da democracia" na Praça dos Três Poderes. O presidente descerá a rampa do Palácio do Planalto com as principais autoridades e encontrará o público para esse abraço.

Após 2 anos dos ataques de 8 de janeiro, STF condenou 371 pessoas:
Fonte: Redação Terra
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