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Política

Novas reuniões delatadas por Mauro Cid geram apreensão em Bolsonaro, diz jornalista

Círculo próximo do ex-presidente foi informado de que outras conversas para debater temas não republicanos fazem parte do acordo de delação

2 out 2023 - 11h04
(atualizado às 12h37)
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O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, enquanto era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro; hoje Cid está preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas e é investigado por golpe de estado e venda de joias da Presidência.
O tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, enquanto era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro; hoje Cid está preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas e é investigado por golpe de estado e venda de joias da Presidência.
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

A reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado no País não foi a única conversa mencionada por Mauro Cid em sua delação à Polícia Federal (PF). 

De acordo com a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o círculo próximo de Bolsonaro já foi informado de que outras reuniões para debater temas não republicanos fazem parte do acordo do ex-ajudante de ordens.

Entre os assuntos discutidos nessas conversas, estão acusações de fraudes nas urnas e estratégias para explorar esse tema.

Novas frentes de investigação

A PF está conduzindo investigações para verificar as alegações feitas por Cid. Uma das medidas inclui a solicitação de registros de entrada no Palácio do Alvorada durante os últimos 4 meses do governo Bolsonaro. 

Foi durante esse período que ocorreu a suposta reunião entre Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe.

Outra estratégia que os investigadores estão empregando para corroborar a delação de Cid envolve a análise de mensagens de celular. Peritos da PF estão examinando não apenas o celular do tenente-coronel, mas também os telefones de seu pai, o general Mauro Lourena Cid, e os 4 celulares do advogado Frederick Wassef.

 Cid passou 116 dias preso e conseguiu a liberdade após a homologação de seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal.  Além de envolvimento na suposta tentativa de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o bolsonarista é investigado pela participação na venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais e por falsificação dos cartões de vacinação da família Bolsonaro.

Fonte: Redação Terra
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