Número 2 da PGR pede inquérito sobre tapa de Quaquá em colega na Câmara
Vice-procurador-geral Hindemburgo Chateaubriand Filho requereu investigação sobre agressão do deputado petista Washington Quaquá contra Manoel Donato (Republicanos-ES) durante a sessão de promulgação da reforma tributária no plenário, em dezembro passado; reportagem do Estadão busca contato com Quaquá
O vice-procurador-geral da República Hindemburgo Chateaubriand Filho pediu nesta quarta-feira, 3, ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito sobre o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) e o episódio em que ele estapeou o colega Manoel Donato (Republicanos-ES) durante a sessão de promulgação da reforma tributária, no plenário da Câmara.
A reportagem do Estadão busca contato com Quaquá. O espaço está aberto.
O deputado Washington Quaquá (PT-RJ), vice-presidente do partido, deu um tapa na cara do deputado bolsonarista Messias Donato (Republicanos-ES). "A esquerda é muito passiva com a violência da direita. Comigo bateu, levou", disse Quaquá. Vídeo circula nos zaps de assessores. pic.twitter.com/FDp3uT0LVH
— Levy Teles (@Levynho_) December 20, 2023
O caso ocorreu em dezembro do ano passado e levou Manoel a registrar uma ocorrência por suposto crime de injúria contra Donato. O registro foi remetido ao STF. A Procuradoria-Geral da República se manifestou sobre o caso. O relator do pedido é o ministro Cristiano Zanin.
No boletim de ocorrência, Manoel sustentou que Quaquá 'proferiu vários xingamentos à bancada dos deputados de direita e desferiu um forte tapa no lado direito de seu rosto, enquanto tentava pacificar a situação'.
O deputado do Republicanos destacou ainda que havia feito um 'procedimento' na parte do rosto onde sofreu o golpe, dois dias antes de levar o tapa de Quaquá.
O vice-procurador Hindenburgo pediu que o caso seja investigado, solicitando ainda que o YouTube preserve o vídeo que registrou o entrevero no Plenário da Câmara. Ele indicou que a preservação da gravação é necessária, 'pelo risco de que pereça a qualquer momento'.
A medida deve ser efetivada pela Polícia Federal, 'em conformidade com as normas e procedimentos aplicáveis à coleta de vestígios digitais'.
O vice-PGR ainda pediu que Quaquá seja oficiado para que, caso queira, preste as informações que entender pertinentes sobre o caso, em até 15 dias.
COM A PALAVRA, QUAQUÁ
A reportagem do Estadão busca contato com Quaquá. O espaço está aberto para sua manifestação (pepita.ortega@estadao.com)