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Política

‘Nunca mais foi o mesmo’, diz advogado de homem perseguido por Carla Zambelli

Deputada é ré no STF por ter cometido o crime em 2022

27 mar 2025 - 20h03
(atualizado às 20h32)
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Deputada perseguiu homem negro com arma em punho na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022
Deputada perseguiu homem negro com arma em punho na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022
Foto: @Zambelli2210 via X (antigo Twitter) / Estadão

Renan Bohus, o advogado de Luan Araújo, jornalista perseguido com uma arma pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, afirma que a vítima nunca mais foi a mesma após o caso. O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta semana (25) maioria de votos para condenar Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. 

Em entrevista ao Terra Agora, do Terra, desta quinta-feira, 27, a defesa de Luan aguarda a finalização do julgamento. Mesmo após quase três anos após o ocorrido, a vítima segue muito abalada. 

“Além de ser advogado do Luan, eu sou amigo pessoal do Luan há muitos anos. O Luan é um rapaz extremamente bonzinho. Ele é um rapaz que não tem malícia nenhuma. Ele é um rapaz que sequer ele tem aquelas, abre aspas, vivências de rua. Quando ele começou a sofrer esses ataques [...] a vida do Luan nunca mais foi a mesma. Para nós que conhecemos o Luan antes dos fatos e pra nós que temos a vivência com ele posterior a fato, nós podemos dizer que o Luan nunca mais é o mesmo”, afirmou o advogado. 

Bohus cita que o trauma foi tão grande que, durante uma das audiências de um caso de difamação que Zambelli ingressou contra ele, a audiência precisou ser suspensa, pois a vítima havia tido uma crise de ansiedade. “[...] Ele por ser um morador periférico, evidente que isso, no contexto geral, até histórico, isso vai trazer pra ele um dano irreparável durante toda a sua vida”, ressalta o profissional. 

Segundo ele, Araújo ainda precisa lidar com os ataques online dos apoiadores da extrema direita, especialmente, após o ex-presidente Jair Bolsonaro ter sido tornado réu e, no dia anterior ao início do julgamento, ter citado o episódio envolvendo a vítima e a deputada como uma das causas para terem perdido as eleições presidenciais.

“A carga que isso pode acarretar para o Luan. Onde os eleitores dessa extrema direita entenderem que foi o Luan o grande responsável pela derrota da extrema direita, leva a ele um medo ainda maior”, pontua. 

Questionado sobre como foi a reação de Luan após o avanço dos votos no STF, o advogado explica que a vítima afirmou que “não queria que nada daquilo estivesse acontecendo”. “Ninguém está feliz com a condenação da Carla Zambelli. Por quê? Porque se a Carla Zambelli tivesse sido condenada, o Luan teria sido vítima, e o Luan foi vítima. [...] Ele queria que esse fato nunca tivesse acontecido”, explicou Bohus. 

“Então, não dá para dizer que o Luan está feliz. Pelo contrário. Agora sim, o Luan está aliviado com a justiça que está sendo feita”, afirmou o advogado. 

Até o momento, 6 ministros votaram pela condenação. São eles: Gilmar Mendes (relator do caso), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. 

Terra Agora vai ao ar toda quinta-feira, às 17h, ao vivo na home do TerraYoutube e nas redes sociais do Terra.

Fonte: Redação Terra
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