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Política

Nunes diz que prestou solidariedade a Datena após cadeirada em Marçal: 'Foi praticamente forçado'

Em sabatina promovida pela Jovem Pan News, o candidato disse que o ex-coach é 'perigoso', minimizou ausência de Bolsonaro em agenda de campanha e cogitou cargo em Ministério das Cidades num possível governo de Tarcísio como presidente da República

17 set 2024 - 23h24
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O candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB) disse que conversou com José Luiz Datena (PSDB) para prestar solidariedade ao apresentador após o episódio da cadeirada. De acordo com o atual prefeito, embora ele discorde da ação do tucano, ele foi "praticamente forçado" a isso.

"A pessoa tomar uma reação daquela é porque realmente chegou no limite do limite", afirmou Nunes em sabatina promovida pela Jovem Pan News, nesta terça-feira, 17. O apresentador foi expulso do último debate por agredir o adversário Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira após o ex-coach acusá-lo de assédio sexual.

Nunes disse que entrou em contato com o marqueteiro de Datena, Felipe Soutello, para dar apoio ao apresentador, mas que recebeu uma ligação do adversário logo em seguida. "Datena, eu não queria nem falar contigo, mas já que você está me ligando quero deixar minha solidariedade, não que seja correto o que você fez, mas evidentemente você foi praticamente forçado a fazer uma ação daquela ali", relatou Nunes sobre a conversa.

O emedebista disse que, embora Marçal tenha "essa habilidade de provocação que faz parte do jeito dele", a população está respondendo, fazendo referência à queda nas intenções de voto e ao aumento da rejeição ao ex-coach. No último levantamento do Datafolha, o empresário e influenciador oscilou três pontos porcentuais para baixo, chegando a 19% das intenções de voto. Marçal lidera o nível de rejeição, com 44% dos eleitores dizendo que não votariam no candidato do PRTB.

Perguntado sobre como isso afeta sua estratégia, Nunes disse que terá de "fazer yoga e tomar chá de camomila" para lidar com Marçal, a quem ele chamou de "perigoso".

SAO PAULO SP 17/09/2024 POLÍTICA - DEBATE/ REDE TV/ PREFEITURA DE SÃO PAULO - Na foto o prefeito de São Paulo e candidato a reeleição Ricardo Nunes (MDB). Candidatos a prefeitura de São Paulo participam do debate Rede TV/ UOL. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO
SAO PAULO SP 17/09/2024 POLÍTICA - DEBATE/ REDE TV/ PREFEITURA DE SÃO PAULO - Na foto o prefeito de São Paulo e candidato a reeleição Ricardo Nunes (MDB). Candidatos a prefeitura de São Paulo participam do debate Rede TV/ UOL. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO
Foto: Taba Benedicto/ Estadão / Estadão

Nunes cogita cargo em possível governo de Tarcísio como presidente

Nunes minimizou a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em compromissos de campanha, justificando que a agenda de seu principal padrinho político está lotada com viagens de apoio a outros candidatos pelo País. Como mostrou a Coluna do Estadão, a programação preparada para o ex-presidente não prevê agenda em eventos organizados pela campanha do prefeito de São Paulo até o dia da votação do primeiro turno das eleições, em 6 de outubro.

"Se ele puder participar, ótimo, e eu acredito que ele vai ter um espaço na agenda dele", afirmou. O atual prefeito ressaltou a participação de Bolsonaro por videochamada em um evento de apoio ao emedebista e disse ainda que o ex-presidente participaria de compromissos no período em que veio para a capital para o 7 de Setembro, mas como estava doente, não pode participar.

Perguntado sobre sua relação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Nunes disse que ele "é um grande irmão". O emedebista ressaltou ainda que, caso Bolsonaro continue inelegível, o atual governador seria um ótimo candidato à Presidência em 2026.

"Eu estarei com Tarcísio tanto na reeleição dele para governador, ou se ele for candidato a presidente, lógico né, primeira opção que a gente vai trabalhar é para que o ex-presidente Bolsonaro seja elegível, e se por acaso não estiver, o que eu não acredito, eu acho que o Tarcísio é o melhor nome", afirmou.

O prefeito disse ainda que, se Tarcísio fosse eleito, ele poderia assumir um cargo em algum ministério, mas garantiu que "em hipótese alguma" largaria a Prefeitura de São Paulo. "Se o Tarcísio for presidente, lá na frente, quando eu deixar de ser prefeito, eu devo ser ministro de alguma coisa, ministro das Cidades", disse.

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Estadão
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