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Política

Nunes diz que procurará a Liga das Escolas de Samba de SP para analisar possível punição à Vai-Vai

Agremiação representou a tropa de choque da PM com asas e chifres vermelhos

14 fev 2024 - 20h30
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou na manhã desta quarta-feira, 14, que vai conversar com a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo sobre o desfile da escola de samba Vai-Vai neste ano. A agremiação gerou grande polêmica ao retratar em seu desfile a Tropa de Choque da Polícia Militar com asas e chifres vermelhos, em referência a personagens diabólicas.

"Vamos conversar com a Liga, dar direito ao contraditório. Enfim, escutar a todos. Nesse momento, não temos como saber se haverá punição e, se houver, qual será", afirmou ao canal CNN Brasil.

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB)
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB)
Foto: Felipe Rau/ Estadão / Estadão

Parlamentares da direita ligados à pauta da segurança pública estão entre os que reclamaram da performance da escola no sambódromo do Anhembi. Para eles, a agremiação teria "demonizado" a PM ao retratar policiais como demônios em uma das alas. O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e a deputada estadual Dani Alonso, do mesmo partido, enviaram ofícios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a Nunes cobrando que os dois adotem medidas para que a escola seja impedida de receber recursos públicos tanto da prefeitura como do Estado no próximo ano.

"Proponho que a escola de samba Vai-Vai seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada. Tal medida não apenas servirá de punição apropriada, mas também como um claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso Estado", diz ofício de Capitão Augusto e Dani Alonso para Tarcísio de Freitas. O mesmo pedido foi enviado a Nunes.

Já o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) também reclamou do desfile, dizendo que a escola "tratou com escárnio a figura de agentes da lei".

'Dar voz a artistas excluídos'

Em nota, divulgada na segunda-feira, 12, a agremiação disse que a ala homenageia o álbum "Sobrevivendo no Inferno" e ao grupo Racionais Mcs, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação. Segundo a agremiação, o desfile "tratou-se de um manifesto, uma crítica ao que se entende por cultura na cidade de São Paulo, que exclui manifestações culturais como o hip hop e seus quatro elementos - breaking, graffiti, MCs e DJs. Além disso, o desfile buscou homenagear e dar vez e voz aos muitos artistas excluídos que nunca tiveram seu talento e sua trajetória notadamente reconhecidos", diz a nota da escola.

"Além disso, é de conhecimento público que os precursores do movimento hip hop no Brasil eram marginalizados e tratados como vagabundo, sofrendo repressão e, sendo presos, muitas vezes, apenas por dançarem e adotarem um estilo de vestimenta considerado inadequado pra época. Ou seja, o que a escola fez, na avenida, foi inserir o álbum e os acontecimentos históricos no contexto que eles ocorreram, no enredo do desfile".

Sob o enredo "Capitulo 4, Versículo 3 - Da rua e do povo, o Hip Hop - Um manifesto paulistano", a tradicional agremiação do bairro da Bela Vista, região central da capital, foi a primeira escola a desfilar no sábado, 10.

Estadão
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