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Política

Nunes evita polêmica entre Malafaia e Bolsonaro e rebate Boulos sobre debates: 'Fica mentindo'

Durante agenda de campanha, Ricardo Nunes afirmou que não quer nacionalizar a disputa em São Paulo e que participação de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro é secundária: 'Não aguento mais responder sobre esse assunto'

8 out 2024 - 18h47
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O candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira, 8, que não vai intervir na polêmica gerada após o pastor Silas Malafaia criticar a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições da capital paulista. Nunes também rebateu seu adversário no segundo turno, Guilherme Boulos (PSOL), que o acusou de fugir dos debates, afirmando que o psolista "só fica mentindo" quando participa dos eventos organizados pela imprensa. As declarações foram feitas durante uma agenda de campanha no bairro Jabaquara, Zona Sul da cidade.

"Eles (Malafaia e Bolsonaro) são amigos há tantos anos. Eu não vou interferir numa relação de amizade deles. É calor de campanha. Eu tenho uma relação com o presidente Bolsonaro, que é recente, e com o pastor Silas Malafaia, que é muito pouca. Admiro o trabalho dele", disse.

TQ SÃO PAULO 08.10.2024 NACIONAL ELEIÇÕES 2024 Ricardo Nunes, Candidato a prefeitura de SP, faz caminhada por comércio no bairro do Jabaquara. Foto Tiago Queiroz/Estadão
TQ SÃO PAULO 08.10.2024 NACIONAL ELEIÇÕES 2024 Ricardo Nunes, Candidato a prefeitura de SP, faz caminhada por comércio no bairro do Jabaquara. Foto Tiago Queiroz/Estadão
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

Nunes também rebateu as declarações de Boulos, que o acusou de evitar o confronto nos debates. "Agora, para deixar o telespectador ouvindo mentiras, ele disse que era a favor da liberação de drogas. Depois, chega lá e fala que não é. Ele escreveu um artigo, isso está no estatuto do partido dele, deu entrevista dizendo que é a favor da desmilitarização. Agora, diz que não é. Então, ele é a pessoa que menos tem condições de falar qualquer coisa, porque é um cara que fica mentindo, rebateu.

A campanha do emedebista quer limitar a três o número de debates no segundo turno. Esta eleição já é recorde em número de debates, com 11 no total, superando os sete da disputa de 2012.

Quando questionado sobre a participação de Bolsonaro no segundo turno de sua campanha, Nunes afirmou que estão tentando nacionalizar as eleições na capital paulista e que a presença do ex-presidente e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é secundária diante dos problemas da cidade.

"Vocês estão nacionalizando, imprensa está fazendo isso. Acho que vocês poderiam refletir um pouco melhor, e a gente poderia falar sobre a cidade. [...] Quem vai governar a cidade a partir do dia 1º de janeiro serei eu e o Mello Araújo. Eu acho que vocês estão falando muito de Bolsonaro, de Lula, mas isso aí, na verdade, é secundário. O primário que a gente tem que ter como mais importante é a discussão da cidade. Eu não aguento mais responder sobre esse assunto, pra falar muito sinceramente pra vocês", disse.

Apoio de Bolsonaro e vereadores em reta final de campanha

O presidente municipal do PL em São Paulo, Isac Félix, por sua vez, afirmou ao Estadão que espera uma participação maior de Bolsonaro na campanha de Nunes neste segundo turno das eleições, classificando a presença do ex-presidente como "mais importante do que nunca".

A fala ocorreu durante um evento de campanha à tarde, com os vereadores eleitos pela sigla e por partidos que formam a coligação que apoia o prefeito. No mesmo evento, o presidente municipal do MDB, Enrico Misasi, disse ao Estadão que já está construindo uma agenda junto ao PL para que Bolsonaro tenha maior participação em agendas ao lado de Nunes nesta reta final, destacando que a estratégia é engajar os vereadores eleitos pelo partido para ajudar a angariar votos para Nunes.

Também estiveram presentes no evento o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o deputado federal e presidente do MDB, Baleia Rossi, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), além de vereadores eleitos, como Janaína Paschoal (PP) e Zoe Martinez (PL).

Estadão
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