Nunes vota junto de Tarcísio e diz que 'seria bom' ter contado mais com Bolsonaro na campanha
Prefeito, que tenta se reeleger, disputa com Pablo Marçal e Guilherme Boulos uma vaga no segundo turno das eleições em São Paulo
O atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), votou neste domingo, 6, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele reconheceu que teria sido "bom" se o presidente Jair Bolsonaro (PL) pudesse ter participado mais da campanha, mas agradeceu o apoio.
Nunes afirmou também que a população de São Paulo mostrará nas urnas "que repudia ataques e mentiras", após uma disputa que teve agressões e divulgação de informações falsas até na véspera da votação.
"Se ele (Bolsonaro) tivesse tido mais tempo de vir, seria bom. Não teve, não tem problema nenhum", afirmou Nunes.
"Ele participou da convenção, que foi super importante, ficou 3 horas e 40 minutos. Está dentro do que a gente esperava. Agradeço ao Bolsonaro e ao Tarcísio e a todos que estão nos apoiando", acrescentou.
Bolsonaro, após votar no Rio de Janeiro neste domingo, disse que Marçal age para criar polêmica, mas disse que apoia qualquer candidato que enfrente o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em um eventual segundo turno.
Nesse sábado, 5, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo determinou a exclusão de vídeo publicado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB), em que usa um laudo médico falsificado contra o deputado federal Guilherme Boulos, candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capital paulista. A perícia da Polícia Civil apontou que o documento não é verdadeiro.
Nunes disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai apoiar Marçal no segundo turno. "Porque eu estarei lá", afirmou.
"Tenho certeza que estaremos no 2° turno e, a partir de amanhã (segunda-feira, 7), começaremos uma nova etapa, que vai mostrar, pelo resultado das urnas, que a população repudia os ataques e mentiras", acrescentou o prefeito.
Em relação aos debates, o prefeito afirma que gostaria de ter discutido mais propostas. "Não vou negar pequena decepção no nível dos debates", afirmou.
"Queria muito nesse momento da minha vida poder discutir a cidade no período eleitoral, poder falar aquilo que a gente acerta e aquilo que a gente erra. Mas o que tivemos, em uma parte desses debates, foram muitas mentiras, agressões, soco e cadeirada", acrescentou, em alusão ao episódio em que o candidato José Luiz Datena (PSDB) agrediu Marçal durante um debate na TV após provocações.
O Estadão terá apuração do resultado do primeiro turno das eleições 2024, ao vivo, a partir das 17h deste domingo, 6.