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Política

'Ou todos direitos e desemprego ou menos direitos e emprego'

Jair Bolsonaro falou que Brasil é um País dos Direitos e do desemprego e que tem discutido com empresários sobre questão

10 nov 2018 - 07h56
(atualizado às 10h13)
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou ontem que o Brasil tem muitos direitos trabalhistas, mas não tem emprego e que é preciso destravar a economia. "O Brasil tem direito para tudo, mas não tem emprego. Vamos destravar a economia, esse é o caminho que temos", disse, durante transmissão ao vivo em uma rede social.

O deputado federal Jair Bolsonaro(PSC-RJ) discursa no plenário da Câmara dos Deputados,em Brasília.
O deputado federal Jair Bolsonaro(PSC-RJ) discursa no plenário da Câmara dos Deputados,em Brasília.
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

"Os empresários têm dito para mim que nós temos de decidir: ou todos os direitos e desemprego ou menos direitos e emprego", afirmou. Bolsonaro disse ainda que "o Brasil é um País dos direitos", todos previstos na Constituição, e que não vai tirá-los.

Em seguida, porém, acrescentou que está ouvindo o setor produtivo e que, para criar vagas de trabalho, precisará atender à demanda dos empresários. "Nós não podemos salvar o Brasil quebrando o trabalhador", disse.

Ele afirmou ainda confiar na equipe econômica que está formando, sob a liderança do economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, com quem se reuniu ontem. "O Paulo Guedes deixou bem claro que quer abrir o mercado, mas que, para isso, tem de diminuir os impostos, senão quebra os empresários brasileiros. Eu confio nele."

Previdência. Sobre as mudanças nas regras da aposentadoria, Bolsonaro disse que recebeu projetos de reforma da Previdência do atual governo e de parlamentares, mas que "pouca coisa pode ser aproveitada para o ano que vem". O presidente eleito demonstrou preocupação especialmente com o gasto público com aposentadorias.

"Nós queremos uma reforma da Previdência, mas não podemos começar com a Previdência pública normal que está aí, dos trabalhadores da iniciativa privada, que desconta os 11% do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Não é por aí. Tem coisa errada. Tem de se rever alguma coisa. Mas a pública é a mais deficitária", afirmou durante a transmissão.

Ele ainda citou a Grécia, que, segundo o presidente eleito, teria adotado um fator previdenciário médio de 30%, como exemplo que não pretende seguir. "O Brasil está chegando a um limite na questão orçamentária, que quase tudo é despesa obrigatória. A questão previdenciária, a despesa tem subido assustadoramente. Não queremos nos transformar no que foi há pouco tempo a Grécia. Agora, todos têm de entender que está complicada a questão da Previdência."

Enem. Bolsonaro aproveitou a transmissão para criticar o que chamou de "ensino da ideologia de gênero" nas escolas e o atual modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, a prova trouxe temas como feminismo, ditadura militar e gírias do universo LGBT: "O que interessa a linguagem daquelas pessoas? Podem ter certeza de que não vai ter questão deste tipo no ano que vem, apenas o que interessa ao futuro do nosso Brasil. Queremos que a molecada aprenda algo que dê futuro. Quer ser feliz com outro homem ou outra mulher, tudo bem, mas não fica enchendo o saco na escola", afirmou.

Ele prometeu que os nomes dos ministros da Educação, Saúde e Relações Exteriores serão anunciados nos próximos dias.

Amazônia. Ainda no transmissão, Bolsonaro demonstrou interesse em permitir que empresas de alguns países explorem os recursos naturais da Amazônia. Ele questionou "por que não fazer acordo" para explorar a região "sem viés ideológico". O presidente eleito ainda disse que pretende avançar com o turismo em áreas protegidas.

"Se tivesse hotéis em áreas protegidas, o meio ambiente estaria preservado. O turismo preservaria o meio ambiente e não essa forma xiita do Ibama."

Embora demonstre interesse em explorar a Amazônia, ele não informou quais setores e países teriam acesso à região. Disse ainda que "parece que 40% das multas (ambientais) aos produtores" vão para organizações não governamentais.

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