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Política

"O que está por vir pode derrubar capitão eleito", diz filho

15 mai 2019 - 13h05
(atualizado às 14h59)
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Flávio e Carlos Bolsonaro
Flávio e Carlos Bolsonaro
Foto: Adriano Machado / Reuters

O vereador Carlos Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que "o que está por vir, pode derrubar o Capitão eleito", referindo-se a seu pai. Ele não dá mais detalhes, contudo, de qual seria a motivação.

"Onde estão os caras feias, os identificadores de problemas, os escritores de cartas para aliados 'desbocados'? O silêncio não tem nada a ver com a descoberta de seus devidos lugares. O que está por vir, pode derrubar o Capitão eleito. O que querem é claro!", afirma Carlos Bolsonaro, em seu perfil no Twitter.

O post é acompanhado de um vídeo de quase 13 minutos do youtuber Daniel Lopez. "Já está tudo engatilhado lá em Brasília para detonar com o Governo, pegar o Brasil e esmagar, amassar e jogar no lixo", diz ele, convocando apoiadores do presidente Bolsonaro.

Lopez destaca que Jair Bolsonaro está diante de uma "enorme pressão", com o Centrão de um lado e do outro o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Cita a medida provisória 870, que reorganizou os ministérios e toda a estrutura de governo e que vence dia 3 de junho

"Se essa MP caducar no dia 3 de junho, o Bolsonaro perde toda a estrutura de governo dele e ele terá de governar com a estrutura de governo de Michel Temer. Ele teria mais sete ministérios, ou seja 29 invés dos 22 que ele tem hoje", alerta o youtuber.

A nomeação de mais sete ministros, segundo ele, é um "enorme problema" e pode "atrapalhar muito" o governo, colocando-o em um momento "crítico, sem saída e numa encruzilhada total". Chama atenção ainda para o interesse dos deputados em Brasília ser o de Bolsonaro retomar sete ministérios para "barganhar novos cargos".

De acordo com o youtuber, se Bolsonaro voltar a ter sete ministérios ele vai ter muito mais gastos no seu governo, correndo o risco de descumprir o Orçamento. Ele lembra que o governo já pediu um crédito adicional de cerca de R$ 250 bilhões para arcar com despesas correntes.

"Se o governo não cumprir o Orçamento, descumpre a responsabilidade fiscal e teria de fazer pedaladas fiscais. É um crime de responsabilidade e isso foi exatamente o que levou Dilma ao impeachment", diz Lopez. "O que está sendo engatilhado é o impeachment de Bolsonaro", acrescenta.

Por fim, o youtuber pede aos apoiadores de Bolsonaro para pressionarem a votação nominal da MP 870. Isso porque nesse formato é possível indicar os votos de cada parlamentar.

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