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Política

O que o mercado espera de uma eventual vitória de Lula no primeiro turno?

Para Wagner Caetano, o apoio político do ex-presidente é um dos fatores positivos, embora acredite em um segundo turno

28 set 2022 - 15h10
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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foto: Antonio Cruz, Agência Brasil / BM&C News

As incertezas de um ano eleitoral movimentou o mercado e, com as eleições 2022 cada vez mais próximas, os investidores querem saber quais as expectativas para a economia em uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece com 48% das intenções de votos válidos no primeiro turno, conforme mostrou pesquisa PoderData nesta quarta-feira (28).

"Eu não vejo uma vitória do Lula como um fator de risco para o mercado, e se for no primeiro momento, ao longo do curtíssimo prazo já dissipa, porque ele está costurando antes das eleições já uma condição de governabilidade", avaliou Wagner Caetano, professor da Top Traders, em entrevista ao portal BM&C News.

O especialista relembrou sobre o jantar de Lula com empresários, que aconteceu ontem, e que ao ser aplaudido de pé, o ex-presidente acenou para Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Além disso, Lula disse que Campos Neto é competente e razoável para diálogo, por isso, na avaliação de Caetano, a maior parte dos movimentos em fortalecimento da candidatura vieram, evidentemente, de Lula.

"A reunião com os oito ex-presidenciáveis, [que aconteceu na semana passada] para mim, foi muito positiva para a candidatura do ex-presidente Lula, o apoio formal do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, e, principalmente, o apoio formal do Henrique Meirelles, que duvido que não fará parte do governo caso o ex-presidente Lula ganhar", disse.

Para a economia, o professor destacou os preços dos combustíveis que baixaram, e programas sociais: "Foi muito também por causa do petróleo que desabou. Então, o governo tem melhora significativa da economia como um grande trunfo, além do Auxílio Brasil", pontuou.

Em relação à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), Caetano descartou a possibilidade, embora acredite que haja segundo turno. "O presidente Bolsonaro tem na economia um grande trunfo hoje. É evidente que a gente tenha projeção de PIB para cima e inflação para baixo. Por meio de dados, a gente vê que o Brasil é a bola da vez, é uma teoria que eu defendo há muitos meses e é real", destacou.

No entanto, Caetano pontuou que a censura no assunto envolvendo dinheiro vivo na compra de imóveis pedida por Flávio Bolsonaro pegou mal. "É óbvio que é um tiro no pé, porque a Justiça derrubou logo em seguida, o que já era previsível, então foi a única movimentação que a gente viu no governo", avaliou.

Dessa forma, pensando em um cenário de recuperação para as Bolsas na exterior, que nas duas últimas semanas mais as sessões de ontem estavam caindo em torno de 10%, o especialista pontuou que não seria a vitória do ex-presidente Lula que traria queda ao Brasil.

"Muito pelo contrário, até pelo fato dele ter apoio da classe artística, Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Henrique Meirelles (União Brasil), e de ter o Geraldo Alckmin (PSB), que traz um tom de moderação para a campanha, por todos esses fatores, eu acredito que o mercado receberia bem se Lula for eleito em primeiro turno, mas eu acho improvável. Se for eleito em primeiro turno, eu acredito que faça um governo moderado ao estilo que aconteceu quando ganhou em 2002", avaliou.

BM&C News
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