O que se sabe sobre sumiço da socialite que era mantida em cárcere privado em prédio famoso no Rio
Segundo família, Regina Gonçalves, 88 anos, moradora do Chopin, foi mantida em cárcere pelo ex-motorista, com quem tinha uma união estável
O desaparecimento da socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, que mora no prestigiado Edifício Chopin, na Zona Sul do Rio de Janeiro, despertou a atenção dos vizinhos do prédio, que não tinham notícias dela desde dezembro. Segundo os familiares de Gonçalves, ela teria sido mantida em cárcere privado pelo seu ex-motorista particular, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, com quem tinha uma união estável, e conseguiu escapar em janeiro. Ele é considerado o principal suspeito do desaparecimento. As informações são do jornal O Globo.
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Regina é viúva do proprietário dos baralhos Copag, Nestor Gonçalves, e não tem filhos. Nestor, por sua vez, deixou como herança para a socialite o apartamento no Edifício Chopin e outros imóveis, incluindo uma fazenda em Angra dos Reis (RJ).
No apartamento, Regina possui uma coleção de joias, as quais, segundo seus parentes, desapareceram após sua fuga em 2 de janeiro deste ano. Ela alegou ter sido vítima de agressões e mantida em cárcere privado por José Marcos Chaves Ribeiro, seu ex-motorista.
O caso veio à tona quando os vizinhos notaram a ausência de Regina no prédio, onde costumava interagir e conversar com outras pessoas.
Ex-motorista
Desde 2011, Regina vivia com José Marcos, durante esse tempo, ele estabeleceu uma união estável com a socialite e obteve uma autorização de curatela provisória dela. O documento permite que uma pessoa cuide dos interesses de outra que esteja incapaz de gerir sua própria vida, seja por questões físicas, mentais ou comportamentais.
De acordo com os familiares, Regina estava sendo mantida em cárcere privado e conseguiu escapar em janeiro, deixando o local apenas com a roupa que vestia, e foi para casa de um irmão.
Medidas judiciais
Após o caso, em 5 de janeiro de 2024, a família de Regina solicitou uma medida protetiva que impede José Marcos de frequentar o Edifício Chopin. Além disso, ele está sob investigação em outro processo por violência psicológica, doméstica e ameaças contra a socialite.
A família também entrou com uma ação para contestar a tutela concedida a José, que lhe permitiu administrar a fortuna de Regina, composta por bens, imóveis e investimentos.