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Política

Onyx afirma que, se eleito, RS terá 'primeira-dama de verdade'

13 out 2022 - 18h22
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Candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL) disse nesta quinta-feira, 13, que, caso eleito, o Estado teria "uma primeira-dama de verdade". A declaração foi considerada homofóbica. Eduardo Leite (PSDB), que disputa o segundo turno com Onyx, é gay.

"Tenho certeza que os gaúchos e as gaúchas entenderam que vão ter, se for da vontade deles, do povo gaúcho, um governador e uma primeira-dama de verdade, que são pessoas comuns e que têm uma missão de servir e transformar a vida dos gaúchos para melhor", disse Onyx em propaganda eleitoral veiculada em emissoras de rádio nesta quinta-feira no RS.

Leite usou as redes sociais para compartilhar notícias que tratam a declaração de Onyx como comentário homofóbico e também fez diversas publicações ao longo do dia sobre o tema. "Nesses tempos tão difíceis, em que tentam a todo custo nos separar uns dos outros, é motivador ver a sociedade e a opinião pública majoritariamente unidas para condenar demonstrações de homofobia. Não ao preconceito! O amor, o respeito e a tolerância falam mais alto", escreveu.

Leite também compartilhou a imagem de um cartaz com outro ataque homofóbico, que diz: "RS é alérgico a carne de viado (sic) e lactose". O tucano, então, escreveu: "Eles plantam ódio e preconceito. A gente planta amor e esperança. No dia 30, tu escolhe qual o teu lado". Leite renunciou ao cargo de governador no início do ano para tentar concorrer à Presidência da República e, depois, optou pela candidatura ao governo do Rio Grande do Sul.

O tucano assumiu publicamente ser gay em julho de 2021, em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo. Leite falou: "Eu sou gay, e sou um governador gay. Não sou um 'gay governador', tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um 'negro presidente'. Foi um presidente negro. E tenho orgulho disso".

Lorenzoni e Leite disputam o governo do Rio Grande do Sul no segundo turno. Na primeira fase do pleito, o candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) recebeu 2,38 milhões de votos (37,5%). O tucano teve 1,7 milhão de votos (26,81%).

Até a publicação desta reportagem, Onyx Lorenzoni ainda não havia se manifestado publicamente sobre as acusações de homofobia e preconceito. A reportagem tentou contato com a campanha do candidato, mas não obteve resposta até o momento.

Estadão
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