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Política

Operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações prende vereadores em SP

Conforme as investigações, contratos públicos somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos; agentes cumprem 15 ordens de prisão temporária

16 abr 2024 - 09h34
(atualizado às 09h42)
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Resumo
A Polícia Militar e o MPSP deflagraram a Operação Muditia para desarticular um grupo criminoso, ligado ao PCC, investigado por várias fraudes em licitações. Contratos somam mais de R$ 200 milhões.
MPSP faz operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações em prefeituras de SP
MPSP faz operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações em prefeituras de SP
Foto: Divulgação/MPSP

A Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram na manhã desta terça-feira, 16, a Operação Muditia para desarticular um grupo criminoso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), investigado por várias fraudes em licitação em todo o Estado. 

Agentes cumprem 15 ordens de prisão temporária e mandados de busca e apreensão em 42 endereços. Entre os alvos de prisão, estão vereadores de cidades do Alto Tietê e litoral. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. 

A investigação aponta que empresas atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada no Estado, em várias prefeituras e Câmaras Municipais. Segundo os promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. 

Alguns municípios com contratos sob análise são Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba.

A apuração também encontrou indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros etc.) e diversos outros crimes, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

De acordo com a investigação, as empresas do grupo têm contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. "Alguns deles atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte os valores ilicitamente auferidos", diz o MPSP.

Fonte: Redação Terra
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