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Política

Oposição vai pedir deslocamentos dos helicópteros de Cabral à Anac

9 jul 2013 - 15h12
(atualizado às 15h14)
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A oposição vai solicitar à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na tarde desta terça-feira toda a movimentação das aeronaves que atendem o governo do Rio de Janeiro, depois de denúncias de que o governador Sérgio Cabral (PMDB) vem usando helicópteros para uso particular, nas horas de folga. Segundo reportagem da revista Veja, Cabral se desloca com frequência, nos finais de semana, para sua casa em Mangaratiba, no interior do Estado, utilizando as aeronaves pagas com dinheiro público.

“Estamos entregando um requerimento de informação às autoridades aéreas. Queremos saber, com base na Lei de Acesso à Informação, quais são as aeronaves do governo, quem as utiliza, que deslocamentos elas fazem”, afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ).

Ao lado do também deputado estadual Paulo Ramos (PDT-RJ), Freixo esteve na manhã desta terça-feira no Ministério Público estadual para entregar representação pedindo investigação de Cabral por improbidade administrativa. Ontem, eles já haviam entregue ao Ministério Público Federal denúncia contra o governador por peculato, ou seja, uso de bem público para interesse privado. “Abriu-se uma ação civil, que pode ir à Justiça, para que o governador seja investigado”, explicou Freixo.

Além disso, os deputados deram entrada, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com denúncia contra Cabral por crime de responsabilidade. A intenção é fazer com que o episódio seja investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Isso só poderá ser definido em agosto, quando acabar o recesso parlamentar.

Pelo histórico recente, a investigação contra Cabral não deverá ter muita receptividade na Alerj. O governador detém maioria absoluta, e a base aliada vem barrando tentativas de instalação de CPIs para investigar a conduta do peemedebista. Foi assim no caso das fotos em Paris que revelaram relações próximas entre Cabral e secretários de seu governo com o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, acusado de relações com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Dificuldade semelhante foi encontrada quando tentou-se investigar o uso, por parte de Cabral, do avião particular do empresário Eike Batista.

“Não tem sido possível investigar como se deve o Executivo. Há cumplicidade entre as instituições. Nunca se consegue colocar em votação, na Alerj, nada para investigar o governo. Existe uma proteção no Legislativo”, comentou Ramos.

Denúncias semelhantes foram feitas também ao MP. Algumas foram arquivadas, e outras nem foram à frente, lembra Marcelo Freixo. “Fizemos denúncias ao MP para investigar o governo desde os tempos em que o Eike era rico”, observou Freixo. 

Fonte: Terra
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