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Política

Pablo Marçal diz que fim da escala 6x1 'pode destruir a prosperidade'

Ex-coach e ex-candidato a prefeito de São Paulo diz que proposta não deverá ter sucesso, mesmo se for aprovada pelo Congresso

14 nov 2024 - 10h15
(atualizado às 13h25)
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O influenciador e empresário Pablo Marçal (PRTB), que saiu derrotado da disputa pela Prefeitura de São Paulo e foi recentemente indiciado pela Polícia Federal, disse que a proposta em debate no Congresso Nacional para o fim da escala 6x1 provocará "desemprego em massa", apesar do "ganho imediato" ao trabalhador. No regime em questão, o indivíduo trabalha seis dias e folga um.

"Todo acordo de trabalho deve ser entre trabalhadores e empregadores", afirmou ao Metrópoles. "Forçar a barra com essa obrigação de 4×3 trará ganho imediato para o trabalhador, perdas absurdas na força de trabalho, consequente aumento da inflação, aumento de automação e, por fim, um desemprego em massa", disse o ex-coach, que também é empresário e teve patrimônio declarado de R$ 169.503.058,17 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições deste ano.

Pablo Marçal, ex-coach e ex-candidato a prefeito de São Paulo
Pablo Marçal, ex-coach e ex-candidato a prefeito de São Paulo
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Segundo dados da Receita Federal, Marçal está ligado a 21 empresas, entre sociedades e participações administrativas. As áreas de atuação variam entre holdings, incorporação imobiliária, consultoria empresarial, escola e até resort de férias.

Segundo Marçal, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da proposta que ganhou força nos últimos dias, levou adiante o projeto sem apresentar "um estudo de viabilidade e os impactos desastrosos contra o povo".

O influenciador diz que a escala 6x1 é "uma fase da vida da pessoa até ela se qualificar, para decidir melhor sobre a liberdade de agenda". Apoiadores da medida, contudo, apontam que a escala impede o trabalhador de estudar e se aprimorar, uma vez que consome a maior parte de seu tempo e energia.

Para o ex-coach, a proposta de jornada de 4x3 não deverá ir para frente, mesmo se aprovada pelo Congresso. "Se um economista sério for ouvido, vai mostrar que essa medida pode destruir a prosperidade", opinou.

Segundo Marçal, políticos deveriam cumprir a escala 6x1 para dar exemplo para o restante da população brasileira.

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Estadão
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