Padre Kelmon pede R$ 500 mil por danos morais contra igreja ortodoxa
Ex-candidato ao Planalto quer direito de resposta após instituição negar que o candidato pertencia à sua comunidade religiosa
Padre Kelmon, ex-candidato a presidente pelo PTB nas eleições de 2022, entrou com processo por danos morais contra a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, informa a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, nesta terça-feira, 21.
Na ação, Kelmon Luis da Silva Souza pede R$ 500 mil e direito de resposta pelo fato de a igreja ter publicado uma nota durante o pleito, negando que o candidato pertencia à instituição religiosa.
À coluna, o advogado de Kelmon, Diego Maxwell, afirma que seu cliente "teve sua imagem e sua dignidade abalada, tendo sido veiculado de maneira indevida a notícia de que era falso padre".
Ainda de acordo com o jornal, a igreja ainda busca orientação de um advogado para o processo e diz que nunca passou por isso e nem tem uma equipe de defesa constituída.
Ao longo da corrida eleitoral, o candidato declarou ser vinculado à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Peru, instituição que não é reconhecida pelas igrejas canônicas do antigo patriarcado ortodoxo. Em dezembro, porém, o ex-candidato ao Planalto foi desligado da igreja e ficou proibido de ministrar missas em nome da igreja.
Quem é
Padre Kelmon chegou na disputa presidencial como vice de Roberto Jefferson e assumiu a cabeça de chapa após Jefferson ter sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante os debates eleitorais, ficou conhecido por suas dobradinhas feitas com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para atacar a esquerda.
Kelmon conta que, aos 19 anos recebeu um chamado de Deus e começou a se dedicar ao serviço à juventude. Dois anos depois, se tornou seminarista da igreja católica, aderindo posteriormente à igreja ortodoxa.