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Política

Para governador de Minas, Novo deve se alinhar a Bolsonaro

Romeu Zema defende privatizações e elogia ministério formado pelo presidente

19 out 2019 - 05h11
(atualizado às 10h22)
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Único governador eleito pelo Novo em 2018, Romeu Zema, de Minas Gerais, destoa do discurso do presidente da sigla, João Amoêdo, e defende o alinhamento do partido com o presidente Jair Bolsonaro, além de classificar a legenda como "direita" no espectro político. Em entrevista recente ao Estadão, Amoêdo fez críticas ao governo federal, afirmou que o bolsonarismo está "decrescente" e rejeitou o rótulo de "direita" no partido Novo.

Foto: Fred Magno/O Tempo / Estadão Conteúdo

"Nós somos um partido de direita, liberal. Eu acredito que o ser humano é a pessoa mais apropriada para resolver seus problemas. E sou contrário às empresas estatais", disse Zema em entrevista ao Estadão. Sobre Bolsonaro, o governador mineiro classificou o presidente como um "patriota". "Minha relação com Bolsonaro é boa. Ele é um patriota. Gosta do Brasil e está fazendo o possível para que o País melhore. O Novo tem sido um partido bastante alinhado com o governo federal. O presidente montou um excelente ministério." Segundo o governador, o Novo é "próximo" do bolsonarismo ao defender uma solução "via mercado" e sem intervencionismo.

Desde o processo de transição, o Novo tem acompanhado de perto o governo mineiro e chegou a mandar ao Estado o ex-CEO do Flamengo e empresário Fred Luz, diretor núcleo de apoio ao mandatário. Zema nega que esse gesto tenha sido uma intervenção e rechaça notícias de que teria entrado em atrito com o comando partidário.

O governador, porém, afirmou que não participa da vida partidária, o que é previsto no estatuto da legenda. "O Novo participa (do governo) no sentido cobrar metas. Não há nem meia dúzia de filiados ao partido no governo, que tem mais de 300 mil funcionários". Zema disse, ainda, que seu partido "fiscaliza" a administração.

Privatização

Depois de elaborar um projeto de privatizações, Zema enfrenta dificuldades em constituir maioria na Assembleia Legislativa mineira para aprovar a medida. O primeiro teste será a privatização da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), plano que já foi enviado ao Legislativo.

Pelos cálculos de aliados do governador, ele tem base de apenas 21 dos 77 deputados estaduais mineiros.

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