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Política

Para Marina, união com Campos levará a luta entre 'David e Golias' em 2014

10 out 2013 - 16h27
(atualizado às 20h39)
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Marina e Campos falam mais uma vez à imprensa
Marina e Campos falam mais uma vez à imprensa
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press

A ex-senadora Marina Silva afirmou, nesta quinta-feira, que a união com Eduardo Campos (PSB) foi uma aliança “entre anões”, referindo-se ao tamanho do partido do governador de Pernambuco e do Rede Sustentabilidade, legenda que não conseguiu ser homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ela, a luta rumo à Presidência da República em 2014 será de David contra Golias e buscará descontruir a política nacional, tentando tirar do poder a hegemonia do PT e do PSDB.

“Queremos mostrar que as boas ideias podem ganhar o coração e as mentes das pessoas, desde que a gente tenha espaço para isso. Nessa luta de David contra Golias, essa reunião de anões nos trouxe uma coisa nova. Eu estava como David com uma funda. O Eduardo lutando para construir a candidatura dele com as cinco pedrinhas e agora se juntaram a funda e as cinco pedrinhas. Isso é para acertar o alvo certo. É isso que estamos fazendo aqui”, disse Marina. “Não vamos colaborar com esses sanguessugas da política brasileira. Jamais daremos qualquer trégua para esse tipo de política baseada na chantagem”, completou.

A ex-senadora e Eduardo Campos concederam entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, em um hotel na região central de São Paulo. O governador de Pernambuco também se mostrou bastante confiante com a nova aliança e disse que a união trará muitas coisas novas à política nacional.

“Essa aliança causou um terremoto na política brasileira. Vai trazer muita gente para esse conjunto, gente que estava decepcionada com a política. Vamos tratar com o máximo cuidado. Tanto Marina quanto eu dissemos que era preciso tomar decisões em 2014. Não temos porque mudar a estratégia”, afirmou.

Campos comentou também sobre as críticas que vem recebendo, destinadas também à Marina Silva, mas afirmou que não irá responder a “desaforos”.

“Precisamos falar sobre Brasil, como retomar o desenvolvimento econômico, desemprego. Como melhorar o transporte público? Como vamos fazer a educação no País melhorar? Esse é o debate que qualifica a política. Fomos auxiliares do Lula e militamos com ele em todas as eleições. É um ato que não é contra ninguém. É a favor da boa politica. Estamos embalados nos mesmos sonhos valores de ver debate e conteúdo da época da Arena contra MDB”, lembrou o governador.

Pesquisas

Nas pesquisas eleitorais sobre o pleito presidencial de 2014, Marina Silva aparece à frente de Eduardo Campos. O governador pernambucano, porém, não acredita que isso atrapalhe o prosseguimento das discussões dentro da aliança. Campos insistiu em dizer que ainda não está definido quem será o candidato: ele mesmo ou Marina.

“Nem eu nem Marina buscamos candidaturas. Buscamos ajudar a política brasileira. Já tivemos vitórias importantes na construção da política. Precisamos dar uma contribuição para melhorar a política. Não vamos melhorar nada nesse País se não melhorar a qualidade da política. Temos que atrair forças da sociedade, a militância em torno dessa agenda, dessa mudança necessária nas práticas do País. O debate sobre isso virá no tempo certo. Vamos debater o conteúdo, estruturar e dar forma, fazer a disputa das ideias”, disse Campos.

Efeito da aliança em outros Estados

Marina Silva acredita que a união com Campos trará um efeito nos outros Estados. Porém, ela acredita que, da mesma maneira que irá afastar alianças, poderá trazer outros partidos para perto do PSB.

“Esse esforço vai ter repercussão dinâmica nos outros Estados. Nossa aliança não é verticalizada. Temos um compromisso com o projeto nacional. Um movimento dessa magnitude vai atrair muita gente. Alguns já estão procurando outros lugares, outros caminhos. Estamos produzindo uma nova frequência da política”, disse a ex-senadora.

Ela disse ainda que as críticas sobre a aliança devem ser respeitadas, mas fará sentido quando toda a união estiver estruturada. “Vejo com respeito, porque o sentido aparece só depois. O esforço que eu e o Eduardo estamos fazendo é o de quebrar a velha política. No começo pode ser entendido como uma jogada, porque ninguém nunca viu isso. Fizemos um movimento que tem a potência da transformação, uma aliança possibilitadora. Somos muitas possibilidades no sentido de provar que é possível uma aliança programática e não só eleitoral.”

Campos acha natural as consequências que a decisão pela aliança poderá trazer ao cenário eleitoral de 2014, mas acredita que fez o que tinha que ser feito.

“Essa aliança tem consequências, no sentido de aproximar e afastar alguns arranjos eleitorais que estavam sendo construídos. Na hora que fizemos essa aliança saímos de uma tática defensiva para uma tática proativa e isso redesenha o quadro em vários Estados brasileiros. Se encontrar um desenho em todos os Estados, ótimo, se não vamos respeitar nossas identidades”, disse. 

Fonte: Terra
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