Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Política

PEC da Transição: Lula atrai PSDB e Cidadania, mas siglas querem Bolsa Família só 1 ano fora do teto

Partidos querem antecipar para o ano que vem a revisão do teto de gastos, prevista para 2026; siglas são contra retirar o Bolsa Família do teto de gastos por quatro anos, como defende o PT

30 nov 2022 - 19h19
Compartilhar
Exibir comentários

BRASÍLIA - Em reunião convocada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira, 30, os deputados federais Adolfo Viana (PSDB-BA) e Alex Manente (Cidadania-SP) garantiram o apoio da federação ao qual fazem parte na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição no Congresso, mas sinalizaram ter divergências com um dos pontos centrais do texto defendido pelo governo transitório: a retirada do programa Bolsa Família por quatro anos do teto de gasto. O petista pediu aos parlamentares que ajudassem nas conversas com as bancadas a aprovar o texto no Congresso.

"Quanto à PEC, nós temos o entendimento de que ano que vem é necessário garantir esse instrumento para que tenhamos o Bolsa Família ou o auxílio (no valor de R$ 600). O restante nós ainda vamos debater"", disse Manente. "Nós apoiaremos (a PEC), independente de qualquer questão, e nós teremos a independência de divergir naquilo que não concordamos", prosseguiu.

Os parlamentares das duas siglas defendem que o programa de transferência de renda fique fora da âncora fiscal vigente por apenas um ano. A federação formada por PSDB e Cidadania ainda advoga que a PEC da Transição antecipe para o ano que vem as discussões de revisão do teto de gasto e da regra de ouro para que seja formulado uma nova medida de limitação das despesas do governo.

"Não podemos ter um governo que começa no ano que vem já prevendo para os próximos quatro anos. Eu disse isso ao presidente: 'nós temos a missão de rever o teto de gastos e a regra de ouro, porque nós não podemos sempre ficar no penduricalho para ter condições de dar auxílio. Ou nós revisamos isso e antecipamos essa revisão prevista para daqui cinco anos, ou nós vamos sempre ter que fazer algo que é exceção para aquilo que é obrigação", disse Manente.

Ainda segundo Manente, a federação PSDB-Cidadania optou por não aderir à base de sustentação do futuro governo. Lula tem tentado montar um núcleo de apoio no Congresso por meio das diversas conversas reservadas que tem tido com lideranças de partidos no hotel em que está hospedado em Brasília. "Nossa posição é de independência de acordo com aquilo que acreditamos. Aquilo convergimos como política social, respeito o teto de fastos e a responsabilidade fiscal, nós vamos apoiar e essa foi a postura que tivemos já no governo (Jair) Bolsonaro e será assim com o governo Lula", disse Manente.

Durante a campanha eleitoral, PSDB e Cidadania divergiram no apoio aos candidatos que seguiram para o segundo turno. Os tucanos liberaram os seus afiliados para defedenrem a candidatura dos dois concorrentes, enquanto a cúpula do Cidadania se uniu a Lula e declarou voto no petista. "Nós agora somos uma federação. Caminharemos de mãos dadas, com independência, altivez e responsabilidade, que sempre foram as bandeiras do PSDB e do Cidadania", disse Adolfo Viana.

Como mostrou o Estadão, o PSD demonstrou estar disposto a integrar o grupo de aliados do governo, mas discute a portas fechadas o grau de participação que terá na Esplanada dos Ministérios. Já o União Brasil não deu demonstrações de qual será sua posição com o Palácio do Planalto após a reunião que Lula teve ontem, 29, com o senado Davi Alcolumbre (UB-AP).

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade