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Política

Petrobras: CPI mista e no Senado têm mesmo presidente

28 mai 2014 - 17h41
(atualizado às 19h38)
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Deputados e senadores instalaram nesta quarta-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para investigar denúncias contra a Petrobras, e elegeram o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para presidir os trabalhos. Ele, por sua vez, designou o deputado Marco Maia (PT-RS) para ser o relator.

O clima na CPI mista, proposta pela oposição, era menos amigável do que o presente na CPI já instalada no Senado para investigar as mesmas suspeitas que recaem sobre a estatal. Rêgo também é o presidente na comissão parlamentar de inquérito sobre a Petrobras exclusiva no Senado.

Maia deve apresentar um cronograma de trabalho da CPI mista na próxima segunda-feira e já está prevista uma reunião da comissão na terça-feira para a apreciação do calendário e também de requerimentos, muitos deles de convocação de envolvidos nas denúncias e de quebras de sigilos. Segundo o relator, já foram apresentados mais de 500 requerimentos.

A CPI do Senado e a comissão instalada nesta quarta-feira têm como objeto a investigação de denúncias, como a suspeita de superfaturamento na compra de uma refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e ainda suposto pagamento de propina a funcionário da Petrobras por uma empresa holandesa.

Mas, ao contrário da CPI do Senado, a CPI mista instalada nesta quarta, composta por senadores e deputados, deve proporcionar um clima mais conflituoso.

A oposição, que vinha boicotando os trabalhos na comissão do Senado, compareceu em peso no início da reunião nesta quarta da CPI mista, e já deu demonstração de que pretende provocar embates com governistas. O governo, por possuir as maiores bancadas, domina numericamente as duas comissões.

Uma investigação sobre a Petrobras tem potencial de afetar os planos de reeleição da presidente Dilma Rousseff em outubro deste ano.

A presidente se viu no centro da controvérsia em torno da compra da refinaria em Pasadena ao afirmar, em nota divulgada em março, que o Conselho de Administração da Petrobras, então presidido por ela, aprovou a transação com base em um documento "técnica e juridicamente falho".

Governo e oposição podem ter ainda outro palco para se confrontar. Corre no Congresso outro pedido de criação de uma CPI mista, desta vez proposta por governistas, para investigar um suposto cartel de empresas de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal, que pode ter efeitos negativos sobre políticos do PSDB, partido que comanda o governo paulista há 20 anos.

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