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Política

Petrobras: ex-diretor é transferido após relatar ameaças

28 abr 2014 - 19h04
(atualizado em 16/6/2018 às 10h27)
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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, foi transferido na tarde desta segunda-feira para o Presídio Estadual de Piraquara II (PEP II), na região metropolitana de Curitiba, no Paraná. A decisão da transferência foi autorizada na última sexta-feira pelo juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, após tomar conhecimento de ameaças feitas por um agente da PF a Costa, relatadas pelo próprio preso.

<p>Carta divulgada por Paulo Roberto Costa nesta segunda-feira</p>
Carta divulgada por Paulo Roberto Costa nesta segunda-feira
Foto: Divulgação

Em nova denúncia feita por Costa nesta segunda-feira, ele diz ter sido ameaçado mais uma vez pelo mesmo policial federal, na última sexta-feira. Em carta escrita, ele diz que ficou sem o direito a banho e caminhada durante 48 horas. O agente ainda o teria xingado. Costa termina a carta dizendo, "isto parece o tempo da ditadura".

O juiz se baseou na denúncia para autorizar a transferência, mas diz desconfiar da "credibilidade da afirmação do preso". De acordo com a decisão, "diante da notícia divulgada (...) revejo parcialmente a decisão de recebimento da denúncia no que se refere à manutenção por ora de Paulo Roberto Costa na carceragem da Polícia Federal em Curitiba". Diz ainda ver com estranheza que "o fato não tenha sido até o momento comunicado pelos defensores a este Juízo, tendo havido preferência para divulgá-lo primeiro em site de notícias".

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Como o apenado tem direito à progressão de pena? Tire essa e outras dúvidas a seguir.

Advogado de Costa, Fernando Fernandes, afirmou que entrou nesta segunda-feira com petição na Justiça do Paraná para que o juiz Sérgio Moro "determine a identificação do agente da Polícia Federal que mais uma vez ameaçou o ex-diretor da Petrobras, preso desde o dia 20 de março". Na petição, ele pede ainda a transferência do ex-diretor para o Rio de Janeiro, “é onde ele tem domicílio e família. Além disso, não há justificativa para a permanência dele em Curitiba. O interrogatório é o último ato do processo e pode ser feito por videoconferência”, afirmou o advogado.

Fonte: Terra
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