PF aponta elo de Argôlo com laboratório de doleiro preso
Uma conversa interceptada pela Polícia Federal durante a investigação da Operação Lava Jato aponta uma possível relação do deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) com o grupo do laboratório Labogen, controlado pelo doleiro Alberto Youssef, preso em março pela PF. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a publicação, em troca de mensagens no dia 28 de fevereiro de 2014, Youssef diz a Argôlo que "está tendo dificuldade em dormir" por causa de Leonardo, que, para a PF, seria Leonardo Meirelles, “um dos laranjas da Labogen". O doleiro então diz a "LA", sigla que abrevia o nome de Argôlo nas mensagens: "fica em cima desse Leonardo"; e, em seguida, escreve: "não autorizou. Entrega ainda”. Argôlo responde posteriormente a Youssef: "vai da agora. Na próxima semana. O Gov mandou fazer um evento só para isso".
O chefe de gabinete de Argôlo disse à publicação que o deputado não tem nenhum contato com o "pessoal da Labogen" e nunca "abriu portas" para a equipe do laboratório no ministério da Saúde. O Ministério da Saúde disse ao jornal que não houve evento organizado pela pasta para entrega de produtos da Labogen na semana seguinte a 28 de fevereiro e que não houve reunião do secretário Carlos Gadelha ou do diretor Eduardo Jorge Valadares para tratar com Argôlo sobre assuntos da Labogen.