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Política

PF avalia romper acordo de delação de Mauro Cid após áudios com críticas à corporação e Moraes

Defesa afirma que áudios foram apenas um desabafo; Mauro Cid deve ser intimado a prestar novo depoimento à Polícia Federal

22 mar 2024 - 08h26
(atualizado às 09h52)
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Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid
Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid
Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado / Estadão

A Polícia Federal avalia a possibilidade de rescindir o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, após a revista Veja revelar áudios em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro faz críticas à PF e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. As informações são do Blog Bela Megale, do jornal O Globo.

Nos áudios, Cid afirma que foi pressionado a falar sobre fatos que "não teriam acontecido ou que não teria conhecimento". 

"O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação", diz ele sobre o ministro do STF no áudio.

Após a revelação dessas gravações, a PF o intimará para prestar um novo depoimento sobre as afirmações. Dependendo do que for alegado por Cid, o acordo de delação pode ser rompido, o que o levaria a perder os benefícios e voltar para prisão.

A defesa do tenente-coronel reconhece como de Cid os áudios, mas alega que "não passam de um desabafo" e não colocam "em xeque a independência, a funcionalidade e a honestidade da Polícia Federal, da procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal".

Fonte: Redação Terra
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