PGR atende Toffoli e vai investigar ataque com fogos ao STF
Apontado como autor de disparo é preso; Ibaneis demite número 2 da PM após episódio
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acionou órgãos de investigação para responsabilizar participantes de um ataque ao prédio da Corte. Toffoli pediu a investigação dos participantes e financiadores do ato, citando inclusive "eventual organização criminosa". O presidente do STF resolveu representar contra Renan da Silva Sena, apontado como autor do lançamento de artefatos explosivos contra o prédio do STF, e outros envolvidos que forem identificados.
O pedido de Toffoli foi atendido pela Procuradoria-Geral da República na noite do domingo, 14. Assessor de Augusto Aras, o procurador João Paulo Lordelo autorizou a abertura de uma investigação preliminar para apurar os fatos registrados no sábado. Se forem encontrados elementos mínimos para a abertura de um inquérito, a investigação deve prosseguir.
A representação foi encaminhada à Polícia Federal, à Procuradoria-Geral da República, à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito das fake news, aberto para investigar ataques ao Supremo e a outras instituições.
Conforme o Estadão revelou em maio, Renan Sena é um dos líderes de manifestação pedindo a destituição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a expulsão do STF. Ele também foi flagrado, no dia 1.º de maio, agredindo uma enfermeira que participava de um ato a favor do isolamento social. Sena foi preso ontem pela Polícia Civil do DF, após xingar autoridades.
Renan Sena é ex-funcionário do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Neste domingo, ele foi detido pelos crimes de calúnia e injúria após divulgar vídeo com ofensas contra autoridades do STF, do Congresso Nacional e contra o governador Ibaneis Rocha (MDB).
Ibaneis demite número 2 da PM após ataque ao Supremo Tribunal Federal
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o número 2 da Polícia Militar do DF após um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ter disparado fogos de artifício em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Militar do DF é responsável pela segurança na área. Depois do episódio contra o STF, o governador resolveu demitir o coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza do cargo de subcomandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal. A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial do DF neste domingo, 14.