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Política

PGR cita suspeita de corrupção de Ramagem na Abin sob Bolsonaro, diz jornal

Cotado para prefeitura do Rio de Janeiro, Ramagem estava à frente da Abin no período em que há a suspeita de espionagem através da agência

3 jan 2024 - 18h25
(atualizado às 19h05)
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Resumo
A PGR suspeita que Alexandre Ramagem foi corrompido para evitar a divulgação de informações sobre o uso irregular do software espião durante sua gestão na Abin. Essas suspeitas foram usadas para deflagrar a Operação Última Milha, em outubro deste ano, que prendeu oficiais da Abin e afastou servidores.
Jair Bolsonaro ao lado de Alexandre Ramagem
Jair Bolsonaro ao lado de Alexandre Ramagem
Foto: Carolina Antunes/PR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) cita a suspeita de que Alexandre Ramagem tenha sido corrompido para evitar a divulgação de informações sobre o uso irregular do software espião durante sua gestão como diretor na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Além de ter estado no comando da agência durante o governo Jair Bolsonaro, Ramagem também é apoiado pelo ex-presidente na sua intenção de se candidatar à prefeitura do Rio de Janeiro. Atualmente, ele é deputado federal pelo PL.

As suspeitas relacionadas a Ramagem foram utilizadas pelos investigadores da Polícia Federal para deflagrar a Operação Última Milha, em outubro deste ano, que prendeu oficiais da Abin e afastou servidores. Os investigados são suspeitos de participação na compra e uso do FirstMile, software capaz de monitorar a geolocalização de aparelhos celulares.

Apesar de ser citado pela PGR, Ramagem não foi alvo da ação. No entanto, ele é citado no inquérito relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ramagem foi procurado pelo jornal para se posicionar sobre ter sido citado em tais documentos, porém o deputado disse que "representou na Polícia Federal" para obter informações sobre tais questões.

Atuação de Ramagem

Segundo a PGR, Ramagem teria atuado para retardar o julgamento dos dois servidores Eduardo Izycki e Rodrigo Colli, que eram investigados dentro da Abin por terem atuado em uma licitação do Exército usando uma empresa em nome de parentes. Os servidores teriam se aproveitado de que sabiam do uso indevido do sistema de espionagem para provocar Ramagem.

Assim, ainda segundo o jornal, o ex-diretor da Abin teria convertido o julgamento em diligência, com a nomeação de nova comissão processante, e deixado de submeter as conclusões da primeira comissão ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional, responsável por apreciar e decidir sobre esses casos.

"Há indícios de prática de concussão e de corrupção ativa de Eduardo Izycki e Rodrigo Colli e de corrupção passiva pelo ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem", diz a PGR.

Fonte: Redação Terra
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