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Política

PGR permite prorrogar inquérito sobre interferência na PF

A pedido da própria PF, as investigações podem ser prorrogadas, de acordo com o procurador-geral da República. Decisão final depende do STF

2 jun 2020 - 07h15
(atualizado às 08h17)
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai avalizar pedido da Polícia Federal (PF) para prorrogar por 30 dias as investigações sobre a suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na corporação. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também vai pedir que Bolsonaro preste depoimento por escrito.

Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a PGR (Procuradoria-Geral da República), é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em Brasília, nesta quarta-feira (25)
Augusto Aras, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a PGR (Procuradoria-Geral da República), é sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em Brasília, nesta quarta-feira (25)
Foto: RENATO COSTA /FRAMEPHOTO / Estadão Conteúdo

A decisão final sobre a prorrogação do inquérito será do relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello. Auxiliares de Bolsonaro avaliam pedir a suspeição de Celso de Mello nesta investigação. Para eles, a mensagem do decano a interlocutores na qual compara o Brasil à Alemanha nazista configuraria "crime de segurança nacional". Assessores jurídicos, no entanto, descartam por ora adotar a estratégia.

Fake news

O presidente do Supremo, Dias Toffoli, marcou para o dia 10 o julgamento sobre a continuidade ou não das apurações de outro inquérito, o das fake news. Na última quinta-feira, o ministro Edson Fachin, submeteu o caso para o colegiado, optando por não conceder a liminar pedida por Aras para suspender a apuração, que atingiu empresários e aliados de Bolsonaro. A PF intimou nesta segunda-feira investigados para que prestem depoimento nos próximos dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão
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