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Política

Piloto errou em acidente que matou Campos, diz Aeronáutica

Acidente aconteceu no dia 13 de agosto do ano passado, durante a campanha presidencial, em Santos, no litoral de São Paulo

16 jan 2015 - 08h52
(atualizado às 08h57)
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<p>Eduardo Campos (PSB) morreu durante a campanha presidencial</p>
Eduardo Campos (PSB) morreu durante a campanha presidencial
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Investigações da Aeronáutica concluíram que o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República nas eleições do ano passado, Eduardo Campos (PSB), foi causado por uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo. O resultado das investigações cita falta de treinamento do piloto para aquele tipo de aeronave e até o uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida.

Na ocasião, Martins foi obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente. O piloto teria operado os aparelhos de uma maneira não recomendada pela fabricante da aeronave e acabou sofrendo o que é tecnicamente chamado de “desorientação espacial” – quando o piloto perde a referência do avião em relação ao solo e não sabe se está voando para cima, par baixo, em posição normal, de lado ou de ponta cabeça.

<p>Local em que caiu o avião que matou o político Eduardo Campos, no dia 13 de agosto do ano passado</p>
Local em que caiu o avião que matou o político Eduardo Campos, no dia 13 de agosto do ano passado
Foto: Futura Press

Essa conclusão tem base nos últimos segundos do voo, no momento em que o avião embicou num ângulo de 70 graus e em potência máxima, como se o piloto acelerasse pensando que estava em movimento de subida, quando na realidade estava indo rumo ao solo.

O acidente aconteceu na manhã do dia 13 de agosto do ano passado, em Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave, um Cessna 560 XL, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, rumo à Base Aérea de Santos, no Guarujá, também no litoral paulista. Além de Eduardo Campos, morreram quatro assessores, o piloto e o copiloto Geraldo Magela Barbosa.

A investigação também conclui que Martins não estava treinado para pilotar o Cessna 560 XL, já que nunca tinha passado pelo simulador. Também está registrado que a relação entre os dois pilotos não era boa. Eles tinham um histórico de atritos e o copiloto já teria pedido para não mais voar com Martins, que se dizia, nas redes sociais, “cansadaço” dias antes do acidente.

Além desses agravantes, ainda é mencionado que Martins cometeu o erro que causou o desfecho trágico: o piloto não cumpriu o determinado pelos manuais para o pouso na Base de Santos, não fez a manobra exigida para aquela pista e tentou pousar direto, como se não tivesse feito um retorno antes de aterrissar.

A Aeronáutica ainda afirma que nenhum indício de falha técnica ou do sistema foi encontrado na aeronave. 

Fonte: Terra
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