Planalto ficou 'indignado' com repercussão do 'puxão de orelha' de Lula a Haddad
No início desta semana, o presidente disse que Haddad deveria, "ao invés de ler um livro", melhorar suas articulações no Congresso
O colunista Guilherme Mazieiro falou sobre a reação do Planalto à cobrança feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ministro da Fazenda, discordando das notícias que foram divulgadas.
Membros do Palácio do Planalto ficaram indignados com a repercussão do 'puxão de orelha' feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A informação é do colunista de política do Terra, Guilherme Mazieiro. O bastidor foi revelado ao jornalista Cazé Pecini, no programa Terra Agora desta quinta-feira, 25.
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A cobrança em questão ocorreu no início desta semana, quando Lula pediu maior esforço de seus ministros na articulação política.
"O vice-presidente Geraldo Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, o Rui Costa, ministro da Casa Civil, [tem que] passar uma parte do tempo conversando", disse o presidente.
O "puxão de orelha", é claro, repercutiu na imprensa, e causou desconforto no Planalto, segundo explica Mazieiro.
"Na segunda-feira, quando aconteceu essa fala, eu conversei com algumas pessoas no Planalto e eles estavam indignados que a imprensa estava repercutindo isso como notícia, porque foi uma brincadeira e ninguém percebeu. O problema é que o presidente da República, e qualquer político, na realidade, tem que ter muito cuidado para fazer brincadeira e ironia", considera o colunista.
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